Seguidores

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O famoso cangaceiro Jesuíno Brilhante

Serra do Cajueiro - Patu-RN

Para Câmara Cascudo, ele "foi o cangaceiro gentil-homem, o bandoleiro romântico, espécie matuta de Robin Hood, adorado pela população pobre, defensor dos fracos, dos velhos oprimidos, das moças ultrajadas, das crianças agredidas (...) Baixo, espadaúdo, ruivo, de olhos azuis, meio fanhoso, ficava tartamudo quando zangado. Homem claro, desempenado, cavaleiro maravilhoso, atirador incomparável de pistola e clavinote, jogava bem a faca e sua força física garantia-lhe sucesso na hora do "corpo a corpo". Era ainda bom nadador, vaqueiro afamado, derrubador e laçador de gado.

Sua pontaria infalível causava assombro, especialmente porque Jesuíno, ambidestro, atirava com qualquer das mãos. Casou com D. Maria, tendo cinco filhos dessa união.

Envolvido com uma questão de família, Jesuíno matou o negro Honorato Limão, no dia 25 de dezembro de 1871. Foi sua primeira vítima.

Como lembra Tarcísio Medeiros, era "irredutível em questão de honra". O autor, em seguida, cita um texto de Raimundo Nonato, que narra um episódio, onde Jesuíno Brilhante se hospedou em uma casa. O marido estava ausente. Um bandido, de nome Montezuma, procurou se aproveitar da situação para perseguir a proprietária da casa. Jesuíno, revoltado, matou o malfeitor. Outro caso: assassinou um escravo, José, porque tentou violentar uma mulher.


Serrote da Tropa - Sítio Santo Antônio Zona Rural do Município de São José de Brejo do Cruz-PB (conhecido também como São José dos Cacetes). Foto Pôla Pinto
Obs: Provável local da emboscada contra Jesuíno Brilhante causando a sua morte
Fontes:

Blog: Folha Patuense 
Texto de Frederico de Mello e pesquisa de Edvaldo Morais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário