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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Devaneios

Por: Celso J. de B. Siébra
 
O pensamento estava firme e recordações lhe traziam vivas memórias.

Sua mente era a própria existência, seu corpo inerte apenas acompanhava o pulsar compassado do coração, enquanto a respiração lenta, quase nada, mantinha o sopro da vida.

Neste raro momento, absorvido pela relativização do espaço/ tempo, ele não estava ali.
Imagens eram sentidas e sensações de calor ou frio não estavam presentes naquele mágico instante.

Lá, estava ele: Adulto, porém Criança.

Sua infância, em projeção mental, estava sendo repassada como em uma fita de um longa metragem com movimentos e cores. 

Ela o observava e, intrigada, se perguntava: Onde estará ele? Aqui em realidade ou em sonhos e devaneios? Seria possível deixar de existir, ainda existindo? Seria apenas um processo mental ? Ou seria aquele o momento do espírito? O tornar-se presente e mostra-se, sem ser percebido ? 

Assim, possuída pelo pensamento, em sonhos ou devaneios, se projetava como personagem de investigação e se tornava a essência das idéias. Em seu mundo, abstraída da realidade material, não percebia o brilho nos olhos dele que nesse instante falava: 

Quero nesse momento voar em teu sonho
E no balanço do teu coração feliz ancorar
Em sensações que me levem risonho
Ao sublime êxtase de te encontrar.

Celso J.de B. Siébra
Postado por Claude Bloc

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