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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

"O CÊNICO DO CARDUME PESQUEIRO É MAIS NOBRE, DO QUE O SILÊNCIO DA NATUREZA DESTRUÍDA.



Por: Jair Eloi de Souza 
Jair Eloi de Souza

Era manhã de terça-feira, 05 de novembro/último. De repente a interlocução de um visitante, que nada mais era do que JOÃO DE DOMICINA, em missão de convite para que fôssemos participar de uma pescaria. Já atochado numa beca do ofício advocatício, ponderei que naquela manhã não poderia atender seu pedido. Missão em Caicó, discussão de resíduos sólidos, saneamento básico, ministrada pela FUNASA. Mas, o interlocutor, fez uma alerta: O PEIXE DO RIO ESTÁ MORRENDO TODO. O Senhor deveria ir até a ponte. Aí fiquei sem gravata, gibão de causídico, vesti a indumentária de tenista caboclo. E fui acudir a ninhada de filhotes da natureza, que estavam sendo trucidados. Uns clamando por oxigênio já marimbondos, vivendo seus últimos estertores, outros jaziam na areia seca tendo como companhia formigas sanguinárias. A água dantes cristalina, era uma substância gelatinosa incandescente e prateada. Um cenário à aparência das tendas de Vulcano, no antigo Egito, temperando o ferro para aplicar na pirâmide de Keops, e 2.500 depois, serem resgatadas sem indício de oxidação.

A mortalidade em princípio ficaria nos limites do cardume pesqueiro e da flora arbustiva e gramíneas, mas, já quarta-feira à tarde, se via pequenos animais e batráquios como sapo, jia, caçotes, cachorro de areia, rãs, estateladas em estado de putrefação. Com um agravante, o odor, a caatinga exalando das moitas e ilhotas, era insuportável. Nos próximos dias, não é impossível, vamos ter guaxinim e raposas percorrendo o martírio do envenenamento até a morte. 

Ad argumentando, o Município de Jardim de Piranhas, tem dois avizinhados na Paraíba, de superlativos galopes de poluição química: São Bento e Paulista. O primeiro com as unidades fabris de transformação do fio e tinturaria. O segundo mesmo em plena estreiteza dessa seca, tem muito cultivo de leguminosas e verduras, com a adoção da prática de utilização de agrotóxicos. Uma torrente de poluição não menos contaminante ou menos nociva como o cenário anterior. Nessas circunstâncias, urge a consolidação da malha de lagoa para decantação dos resíduos líquidos em Jardim e todas as outras cidades, para que não continuemos com a incidência da alta taxa de ocorrências de cânceres em todas as faixas etárias, mas com maior aprofundamento naqueles que morrem na idade meã ou na ante sala da velhice. 

Façamos um armistício em favor de salvar o Piranhas, todos nós, começamos nossas vidas, tomando banho nas suas águas cristalinas.

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Francisco Borges de Araújo

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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