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quarta-feira, 9 de julho de 2014

CLEMENTINO QUELÉ

Por Rostand Medeiros

CLEMENTINO JOSÉ FURTADO - Clementino Quelé, era chefe de família, tinha como irmãos Pedro, Quintino, Antônio, José e Manuel (nezinho), todos considerados homens dispostos, valentes e sabiam usar as armas.
Clementino é descrito como um homem forte, de tez acentuadamente branca, que realmente ficava com a pele vermelha quando tinha raiva e esta teria sido a razão de Lampião apelidá-lo pejorativamente como “Tamanduá Vermelho”.

Quelé era natural da ribeira do Navio, onde seguiu jovem para Alagoas, afastando-se de Pernambuco por questões de disputa familiar. No retorno a sua família vem para Triunfo, no sítio Santa Luzia(“Guerreiros do Sol”, 2004, págs. 220 a 225 de Frederico P. de Mello). João Gomes de Lira em “Lampião-Memórias de um soldado de volante”, 1990, págs. 123 e 124, ressalta que Santa Luzia era aonde morava o pernambucano.


Quelé alcançou o posto de subdelegado do seu lugar e impunha a ordem. Ele matou dois ladrões de cavalos, respondeu processo e foi destituído do cargo. Em seu lugar assumiu seu irmão Pedro José Furtado, ou Pedro Quelé. Em 1922, para livrar o valente chefe da família Furtado do processo, o líder político Aprígio Higino D’Assunção solicita deste e de seus irmãos votos na próxima campanha eleitoral em Triunfo. Diante da recusa de Quelé em apoiá-lo, Aprígio ordena que uma força policial com um oficial e quatorze praças saíssem à caça do valente. Tomé Guerra, antigo amigo de Quelé, arranjou uma encrenca com o mesmo e entendeu de matá-lo. Chamou um amigo, também disposto, Cícero Fonseca e juntos com policiais botaram tocaia em Clementino. No momento de atirarem, Quelé percebeu e atirou- se ao chão, disparando um tiro certeiro na cabeça de Cícero Fonseca. Após a primeira ação, e o imprevisto, o restante do grupo ‘bota pegado’ no ‘Tamanduá Vermelho’. Este se esgueirando, consegue fugir por uma roça de palma.


O Escritor/Historiador Frederico Pernambucano de Mello, na ob. Cit., tem outra versão,”(...) um “certo Tomé de Souza Guerra”, do sítio Santana e outros homens engrossaram a força policial que perseguia Quelé. Mas Cícero Fonseca era um companheiro de Quelé, onde os dois bebiam na bodega de Sebastião Pedreiro, quando a polícia cercou o lugar e deu voz de prisão(...)”. Na versão do respeitado pesquisador,”(...) que conseguiu suas informações através do relato de Miguel Feitosa, o antigo cangaceiro Medalha, o pobre Cícero ao colocar o pé para fora da bodega foi crivado de balas(...)”. Sendo uma ou outra a versão correta, sabe- se que este foi o motivo que fez aumentar a perseguição, policial, a Quelé, dando motivo para ele e seus irmãos entrarem no cangaço junto a Lampião. 

Fonte: blog Tok de História por Rostand Medeiros

Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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