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sábado, 30 de agosto de 2014

O CANGACEIRO CORISCO ENTRE A VIDA E A MORTE

Foto do ano de 1940, em que aparece o famoso cangaceiro Corisco em seu leito de morte

O cangaço - o fim do cangaceiro. O surgimento da lenda.

Corisco era o apelido do cangaceiro Cristino Gomes da Silva Cleto (10 de agosto de 1907, Água Branca - Alagoas, 26 de maio de 1940, Jeremoabo - Bahia). Foi casado com Sérgia Ribeiro da Silva, alcunha de "Dadá". Corisco era também conhecido como Diabo Loiro.

MORTE

Em 1940 o governo Vargas promulgou uma lei concedendo anistia aos cangaceiros que se rendessem. Corisco e sua mulher Dadá decidiram se entregar mas, antes que isso acontecesse, foram baleados. O cerco contra o cangaceiro e seu bando foi no estado da Bahia, na cidade de Miguel Calmon, em um povoado denominado Fazenda Pacheco.

Corisco repousava em uma casa de farinha após almoçarem. O ataque foi comandado pela volante do Zé Rufino, juntamente com o Tenente José Otávio de Sena.

Dadá precisou amputar a perna direita e Corisco veio a falecer naquele mesmo ano, ou seja no dia seguinte, em 26 de Maio de 1940. Com as mortes de Lampião e Corisco, o cangaço nordestino enfraqueceu-se e acabou se extinguindo.

Corisco foi enterrado, no cemitério da consolação em Miguel Calmon, na Bahia. Depois de alguns dias sua sepultura foi violada, e seu corpo exumado tempo depois.

Seus restos mortais ficaram expostos durante 30 anos no Museu Nina Rodrigues ao lado das cabeças de Lampião e Maria Bonita, até ser definitivamente sepultado juntamente com seus restos mortais que foram recentemente cremados por seu filho, o economista Dr. Silvio Bulhões.

Comentários dos pesquisadores e amantes do tema Cangaço

O pesquisador Beto Maia disse:


"Muito triste que isto aconteceu, pois este tal de Zé Rufino foi mesmo para matar. Mas acho que se tivesse acontecido uma boa conversa, na minha opinião,  não precisaria ser desta forma".

A pesquisadora Cleoneide Braga também falou a respeito das maldades contra o cangaceiro Corisco:


"Entendi que sua morte se deu, quando, ainda, vivia em bandos. Será que seu assassino queria se promover?"

O escritor Sousa Neto deu sua opinião sobre o assunto em pauta:


"Zé de Rufina" o sanfoneiro que foi convidado a entrar no cangaço pelo próprio Lampião por três oportunidades e se recusou. Optou por entrar nas volantes, pois se apropriar dos pertences dos cangaceiros era para ele mais vantajoso e de certa forma "legal. 

A sua perseguição a Corisco foi para ficar com o dinheiro e ouro que o mesmo conduzia. Após "a campanha" como ele mesmo cita, comprou umas fazendinhas em Jeremoabo-BA".

Já a pesquisadora Francimary Oliveira reforçou o que opinou o escritor Sousa Neto:


"O Zé Rufino ainda poupou a vida de Dadá, o que interessava mesmo era os "pertences" de Corisco".

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Um comentário:

  1. Anônimo16:38:00

    O Tenente ZÉ RUFINO, na realidade era e continuou sendo até sua morte, um homem respeitado. Contudo, se ele já sabia que Corisco estava com os braços paralisados para fazer uso de armas pesadas, e estava sem grupo, a meu ver poderia ser mais complacente e apenas prendê-lo, como fez o Tenente Teófanes Torres no seu encontro com Antonio Silvino que após alvejá-lo não o matou. Contudo, eu não sou policial e nem conheço de perto a circunstância que acompanhou o fato.
    Antonio Oliveira - Serrinha

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