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sábado, 21 de maio de 2016

O PRÊMIO DO MATADOR


Naqueles idos tempos, registra-se que o matador de um cangaceiro ganhava um prêmio, dinheiro, por essa façanha, além de ter o direito de ficar com os espólios da vítima.

Isso levou muita gente a usar de outra façanha. Quando se sabia que alguém falecia, qualquer um cidadão sertanejo, fazia-se uma ‘visita’ ao túmulo, recém-cova na terra, do cemitério e cortava uma das orelhas, ou mesmo as duas, daquela pessoa, iam a uma delegacia e dizia que tinha matado o cangaceiro fulano ou beltrano...


De certo tempo em diante, toma-se a decisão de que só valeria como prova de morte, ou da morte de um cangaceiro, quando enviado sua cabeça. Além de servirem de prova, as cabeças daquelas pessoas seguiam, em latas de metal, muito usadas na época para vender querosene, combustível para os candeeiros e lamparinas, submersas em água salgada, para um Instituto de pesquisa na Capital baiana, a fim de servirem de pesquisas.


Há relatos de pesquisadores que alguns volantes, salgavam as orelhas de cangaceiros, coiteiros e ou de outra pessoa, guardavam em seus bornais, ou outra parte cortada dos corpos, isso quando do sexo feminino, e, nos balcões das bodegas das cidades e povoados, mostravam o 'prêmio' aos amigos... 

As autoridades começam a notar que quanto mais pagava pela morte dos ‘cabras’, mais cangaceiros apareciam.

O militar que matava um cangaceiro, além de receber seu prêmio em dinheiro e ter o direito aos espólios, tinha uma promoção dentro da corporação, como exemplo, um soldado passava a ser Aspançada, daí para um Cabo, um Cabo para Sargento... e assim sucessivamente.

A primeira cabeça remitida para o Instituto Nina Bezerra, em Salvador – BA, foi a do cangaceiro “Gavião”, morto em uma luta corporal por um vaqueiro. Seu corpo fora exumado por um médico da Força Pública, designado palas autoridades baianas, dias depois da sua morte.

Fonte: facebook
Grupo: OFÍCIO DAS ESPINGARDAS

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