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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

FUI CANGACEIRO POR NOVE DIAS

Por Adauto Silva

Após um parto de alto risco, nas brenhas da fazenda Beleza em Pão de Açúcar – AL, no dia 29 de agosto de 1935, veio ao mundo mais um cangaceirinho (segundo o mesmo diz), e por apenas nove dias, ficou sob os olhares dos seus verdadeiros pais “Corisco e Dadá”. Após receber a visita do chefe mor Lampião, o mesmo foi entregue a um vaqueiro que acompanhado de uma carta foi entregue aos cuidados do padre José Bulhões, de Santana do Ipanema, para que fosse criado, como se filho fosse. Recebeu a preciosa encomenda, a senhorita Maroquita (8) irmã do padre que o criou, ajudada por outra irmã Angélica Bulhões (9), que o Sílvio a chamou de mãe.



Assim como Lampião, Maria Bonita e demais cangaceiros, quando confiavam seus filhos a estranhos, vez ou outra os procuravam, e mesmo que de longe acompanhavam os passos e a criação de seus rebentos e, não foi diferente com Corisco e Dadá, que mesmo ariscando sua vida e de seu grupo, certo dia, acompanhou do alto de um morro o batismo de seu filho e, em outra ocasião, marcou um encontro para que o menino fosse levado a um determinado lugar, porém a irmã do padre Angélica Bulhões, a Liquinha, como carinhosamente era chamada, não foi ao encontro, com medo que o menino ficasse com eles, frustrando assim, o qual seria o último encontro de Corisco e seu filhinho.

PS: Foto obtida por ocasião do casamento de um sobrinho do padre, em um altar/capela, existente em uma dependência interna, das vinte e duas existentes na casa.

1. Antônio Bulhões (irmão do padre e pai do noivo);

7. Solange Bulhões (filha do Sílvio, criada pela família Bulhões);

8. Maroquita (irmã do padre, recebeu o filho de Corisco e Dadá, das mãos do vaqueiro Pedro Machado) e

9. Angélica Bulhões (irmã do padre, eleita para ser a mãe do menino).

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