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quinta-feira, 27 de abril de 2017

A MORTE DE PEDRO DE CÂNDIDO

Por José Mendes Pereira

Os escritores Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Faustino contam no Livro “Lampião em Alagoas” páginas 450 e 451, publicado no ano de 2012, que o amigo estudado por nós, o famoso coiteiro do rei Lampião Pedro de Cândido, após a hecatombe de Angico, quando houve festas e promoções policiais no Estado de Alagoas, felizmente o tenente Zé Lucena (responsável pela morte do patriarca da família Ferreira, apesar de ter sido feita pelo seu comandado Benedito Caiçara) lembrou desta figura, e, o indicou ao comando da polícia para incluí-lo no efetivo da Força Policial, como recompensa, dando-lhe a patente de cabo, ficando destacado lá mesmo na cidade de Piranhas no Estado de Alagoas.

Três anos após a morte do rei Lampião e sua rainha Maria Bonita uma notícia tomou conta da cidade de Piranhas que um lobisomem estava tirando a tranquilidade da população daquela região, no local chamado Piranha de Baixo.

Adquira-o através destes e-mails: - clerisvaldobchagas@hotmail.com - franpelima@bol.com.br -

Nessa noite do dia 23 de agosto de 1941, um jovem de nome Sabino José Vieira passa no Bar de um senhor de nome Pedro Chico, sendo que este ambiente era muito frequentado pela população, e ali, a conversa sobre o lobisomem está sendo espalhada no recinto. Naquele tempo, as luzes da cidade tinham um controle, e eram apagadas às 23 horas (talvez, não sei, para economia de óleo diesel, já que naquele tempo a maior parte das cidades dos Estados Brasileiros era movido por motores explosões, assim eram chamados).

Como morava um pouco distante de onde se encontrava, e inevitavelmente tinha que passar por Piranhas de Baixo, Sabino põe a sua peixeira na mão, e seguiu viagem para sua residência. Em uma das curvas na estrada, ouviu um tropel, seguido de um ronco. Assustado, mas preparado, enfiou a sua peixeira no peito do suposto Lobisomem, ouvindo um gemido e a queda do corpo no chão. Às carreiras, Sabino José Vieira saiu em gritos, afirmando ter assassinado o lobisomem, que até então, para ele, era o suposto lobisomem.

“ - Eu matei o lobisomem”! “ - Eu matei o lobisomem! ”

O Sabino José caiu desmaiado em uma calçada. De repente, apareceu uma porção de gente do lugar, e cuidou dele, que mesmo no chão, continuava gritando, afirmando ter assassinado o lobisomem. Assim que se acalmou, Sabino contou como foi que assassinou o lobisomem.

Mas o Sabino José Vieira não havia assassinado um lobisomem, e sim o famoso ex-coiteiro do rei do cangaço Lampião, o Pedro filho da dona Guilhermina e seu Cândido lá de Piranhas, conhecido por Pedro de Cândido, que ali se encontrava envolvido num lençol de sangue.

Um dos participantes do reconhecimento do corpo de Pedro de Cândido com uma candeia, pôs a mão no peito da vítima para saber se ainda existia vida, mas findou dizendo: “- Acabou-se o homem”.

Fonte de pesquisa:
Livro: “Lampião em Alagoas”.
Páginas: 450 e 451.
Ano de publicação: 2012
Autores: Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Faustino.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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