Por Edson
Alencar
Durante minha
infância e adolescência, em toda cozinha de Pombal tinha uma caixa de fósforo Argos.
Também em muito bolso de fumante esteve presente. De ricos e de pobres. Deve
ter acendido do charuto de Ageu de Castro ao boró de Pequeno. E lamparinas,
velas e lampiões? Já era comercializado em Pombal quando o fornecimento de
energia era cortado à noite?
Pelo que andei
colhendo em São Google, a fábrica foi inaugurada em 1935, em Jundiaí, interior
de São Paulo, e não tinha a razão comercial atual: Indústrias Andrade Latorre.
Os palitos eram chatos. A pobreza, para economizar, os dividia em dois. Além do
Argos, a fábrica produzia o Guarany, e parte da produção era exportada para
Bolívia e Paraguai.
Argos quer
dizer "o que tem luz, o que brilha". A frase latina IN HOC SIGNO
VINCES(com este sinal vencerás) em volta da cruz, no rótulo, faz alusão à
aparição do Arcanjo São Miguel ao imperador romano Constantino, na Gália, quando
o imperador combatia Maxêncio (Constantino perseguia os cristãos).Sem
compreender esse sinal, o Arcanjo voltou a aparecer-lhe em sonho e mandou que o
imperador pintasse a frase num estandarte e o levasse à frente de suas tropas
nos combates. Venceu a batalha e baixou o decreto cessando a perseguição aos
cristãos e ele mesmo convertendo-se ao cristianismo.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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