Por Antônio Corrêa Sobrinho
Sabemos que a
voz e o modo como falamos são um dos grandes identificadores do ser humano,
além de constituir um dos meios mais eficazes de comunicação. A voz é mais
distintiva do que mesmo as impressões digitais, porque faz mais do que
identificar, ela diz do nosso íntimo, como estamos passando, diz do nosso
caráter, pois é um porta-voz, um instrumento de expressão da mente.
LAMPIÃO, não
obstante as muitas pesquisas e biografias a seu respeito, informações sobre sua
estatura, cor, cabelo, tipo físico, à farta para todos os gostos, jamais li
algo sobre o tipo de sua voz, salvo e unicamente o contido na nota oficial do
governo da Bahia, publicada em jornal em janeiro de 1929: “O governo do Estado
da Bahia oferece prêmio de 50 contos de réis à pessoa que conseguir capturar
Lampião ou abatê-lo, devendo comunicar incontinenti o fato à autoridade mais
próxima. Sinais de Virgulino Ferreira: 28 anos, estatura média, cabra, voz
afeminada, cogote raspado, óculos escuros, conversa galhofeira relatando sempre
suas façanhas e nunca encobre a sua identidade”.
A voz de
LAMPIÃO. Era fina, média, grave? Seu tom de voz era alto, médio, baixo? Seu
falar era ligeiro ou lento, pausado ou corrido?
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