Por José Mendes Pereira
Em 1920, Virgolino Ferreira da Silva, o filho de José ferreira dos Santos e de dona Maria Sulena da Purificação, ainda não era Lampião e nem tão pouco, capitão, só passou a ser alcunhado por este apelido, no ano de 1921, período em que ele já fazia parte do bando do famoso cangaceiro Sinhô Pereira. E capitão, só em 1926, quando saiu das caatingas em busca deste título, prometido pelo deputado federal Floro bartolomeu, e lhe foi entregue pelo religioso Padre Cícero Romão Batista, pároco da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Juazeiro do Norte, onde estão depositados seus restos mortais.
No ano de 1920, Virgolino junta-se ao cangaceiro Antônio Matilde e ataca por diversas vezes a fazenda "Pedreira", do seu maior inimigo Zé Saturnino. Dos cabras que os acompanhavam, o Antônio Ferreira seu irmão, Levino Ferreira (Vassoura) seu irmão, Antônio Rosa, Baião, Manoel Tubiba, Cajazeira, Baliza, Zé Benedito, Olímpio Benedito e Manoel Benedito. "Ze Saturnino" vendo prejuízos a seu gado e à sua fazenda, procurou seu tio, o famoso cangaceiro "Cassimiro Honório", que trouxe vários cabras para defesa da fazenda do sobrinho.
Lá, alguns combates com o bando de Virgolino Ferreira foram
travados. Entres os cabras de Ze Saturnino estavam Nego Tibúrcio, Zé
Guedes, Zé Caboclo, Vicente Moreira, Batoque e o famoso Marcula.
Segundo o pesquisador do cangaço Paulo George, em seu trabalho com o título "Lampião e Nego Tibúrcio" (link abaixo), siga-o:
Em janeiro de 1924, Lampião ataca seu inimigo "Nego Tibúrcio", cabra ligado diretamente a Zé Saturnino, pegando em armas junto ao seu amigo Zé Saturnino, contra Lampião (ainda Virgulino), junto com seus irmãos, Levino e Antonio. "Nego Tibúrcio" não podendo pegar Lampião, incendeia a casa de sua tia Maria José Lopes, deixando Lampião com mais ódio.
Lampião não se conforma em não ter pego o "Nego", quando vem a surpreendê-lo jogando cartas com seus homens em Santa Maria, (atual Tupanaci), e Lampião antes de ataca, pega as canoas e coloca dentro da igreja, pra não vir alguém socorrer Tibúrcio, e lá, acontece um tremendo tiroteio, em que "Nego Tibúrcio" perde um dos melhores cabras de imediato, o cabra José Valério.
Vendo que as balas eram inúteis contra uma fera experimentada, como aquela que estava enfrentando, Lampião coloca fogo na casa-trincheira do inimigo, obrigando Tibúrcio a saltar fora, já baleado, caindo no rio Pajeú, com o corpo em chamas.
Vendo seu inimigo tombar morto dentro d'água, grita:
"Acabou-se tua fama hoje, Nego Tibúrcio".
Lampião pega as canoas que estavam dentro da igreja, e manda os cabras resgatá-lo, com bebida e dança comemora a morte do seu grande inimigo.
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