Seguidores

sábado, 8 de abril de 2023

O CANGAÇO E O CORDEL

 Por Dr. Epitácio de Andrade

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/romance-de-mema-rias-e-causos/340285

Esta incursão poética do artista multimídia Gil Holanda é uma viagem histórica ao fascinante universo paralelo do cangaço. Baseado numa pesquisa etnográfica sobre Liberato Cavalcanti de Carvalho Nóbrega, o poeta resgata na linguagem do cordel a história de um homem nomeado delegado que, por força da situação de injustiça social, tornou-se cangaceiro.

Liberato Nóbrega era membro da tradicional família sertaneja, sendo nomeado delegado de Teixeira, cidade serrana da região de Patos, no sertão central paraibano por influência de políticos poderosos da região que tinham interesse em combater o bando dos Guabirabas, famosos cangaceiros da região de Flores no Pernambuco, onde eram aliados de Batistão, pai do famigerado cangaceiro Antônio Silvino.

Com riqueza de detalhes, Gil traz à tona uma época, situada historicamente na segunda metade do século XIX, onde o cenário geo-histórico do sertão setentrional começa a ser o território do cangaço, cujo chefe de bando mais afamado era Jesuíno Brilhante (1844-1879), que a exemplo de Liberato, seu contemporâneo, ficou conhecido como justiceiro.

Os versos de Gil Holanda neste folheto “O delegado que virou cangaceiro” reproduzem o compromisso da poesia com a beleza, transformando a trágica história do cangaço num produto assimilável pelo povo, o cordel.

Epitácio de Andrade filho – médico psiquiatra e pesquisador social

Publicado em março de 2008

Enviado através de e-mail.

Dr. Epitácio de Andrade, o nosso blog fica à sua inteira disposição. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário