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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

LOCALIZADA E IDENTIFICADA A SUPOSTA COVA DO CANGACEIRO SABINO DAS ABÓBORAS.


Por Geraldo Antônio De Souza Júnior

Embora não existam provas concretas, existem fortes indícios de que no local apontado e apresentado no vídeo pelo pesquisador cearense Luis Bento (Luis Carolino) esteja realmente enterrado o famoso cangaceiro Sabino das Abóboras "Sabino Gomes de Góis" ou "Sabino Gore", que foi um afamado chefe cangaceiro que juntou-se ao bando de Lampião e esteve presente em alguns importantes eventos da primeira fase do cangaço lampiônico, tais como; a ida de Lampião ao Juazeiro do Norte no estado do Ceará (Março de 1926), onde os cangaceiros se incorporaram aos Batalhões patrióticos formados para combater a Coluna Prestes-Miguel Costa, que naquele período marchava pelo Nordeste e foi um dos lideres durante a tentativa de invasão à cidade de Mossoró no estado do Rio Grande do Norte em junho de 1927. Entre outros.

Lampião e seu bando estavam acoitados nas terras da fazenda Piçarra (Porteiras/CE) de Antônio da Piçarra, no mês de março de 1928, quando foram atacados de surpresa por uma Volante pernambucana comandada pelo Tenente Arlindo Rocha, auxiliado pelo Nazareno Mané Neto e seu grupo, ocasião em que Sabino foi ferido gravemente por um tiro disparado, tendo que ser executado pelo cangaceiro Mergulhão I (Antônio Juvenal), dias depois. Execução que teve o consentimento de Lampião, devido a grave situação em que o filho bastardo do coronel Marçal Florentino Diniz, se encontrava. Em relação a data do ocorrido há discordância entre estudiosos, sabe-se que o episódio aconteceu no mês de março de 1928, quanto ao dia não há unanimidade.

O renomado escritor e pesquisador Napoleão Tavares Neves em seu livro CARIRI - CANGAÇO, COITEIROS E ADJACÊNCIAS na página 51 diz que embora o local da cova de Sabino das Abóboras seja desconhecido o coronel Né da Carnaúba (Manoel Pereira Lins) dono da fazenda Carnaúba no Pajeú pernambucano, desconfiava que o cangaceiro havia sido enterrado nas terras entre Macapá (Atual Jati) e o sítio Baião, possivelmente por possuir alguma informação privilégiada a respeito do assunto. Outro fato que desperta a desconfiança de que no local esteja enterrado o cangaceiro é o apontamento da cova por populares locais, cuja história que tem sido passada de geração em geração.

Breve estarei publicando o vídeo no canal CANGAÇOLOGIA (YouTube).

Espero que assistam e tirem suas conclusões.

Filmagem / entrevista: José Francisco Gomes de Lima.

Geraldo Antônio De Souza Júnior


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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