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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

SANTANA: O PESO DA AVENIDA

Clerisvaldo B. Chagas, 17 de fevereiro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.263

A hoje Avenida Coronel Lucena, aos poucos complementava a formação do quadro do Comércio como saída em direção norte. Foi sendo povoada por belas residências de abastados fazendeiros, políticos e comerciantes, formando uma elite e futuro corredor de saída para a capital. Falamos em futura saída porque o movimento Santana – Maceió e vice-versa acontecia pelas Ruas Antônio Tavares (primeira de Santana) São Pedro e os subúrbios Bebedouro e Maniçoba. Com a continuação do progresso, novas residências foram surgindo ladeira acima até a parte plana superior, onde se encontra implantada a Caixa Econômica Federal. Era motivo de orgulho fixar residência por onde circulavam gemedores carros de boi e os primeiros e lustrosos automóveis pretos.

HOJE TUDO É COMÉRCIO (FOTO: LIVRO 230/DOMÍNIO PÚBLICO).

Entretanto, a partir das últimas décadas do século XX, começaram a surgir casas comerciais, na avenida. Muitos troncos de moradores tradição foram desaparecendo, cujas famílias vendiam as residências para fins de comércio ou de prestação de serviços. Quando mais de 50% das transações foram realizadas, acelerou-se a profecia de que não haveria mais casa residencial na Avenida Coronel Lucena. Uma transformação completa aconteceu na principal rua da cidade. Formou-se um corredor continuação do comércio do centro e já emendou com outras avenidas e bairros até o Batalhão de Polícia na Lagoa do Junco. Algumas famílias, contadas nos dedos, ainda resistem à modernidade, porém, por breves dias. São encontradas casas bancárias, escolas, pousadas, hotéis, bares, igreja, sorveteria e os mais variados ramos de negócios.
A Avenida Coronel Lucena, também é chamada popularmente de Rua da Prefeitura. O mesmo fenômeno comercial está acontecendo na Rua Pedro Brandão (Bairro Camoxinga). As últimas residências do lado de baixo, estão desaparecendo; o lado de cima, resistirá mais um pouco pela dificuldade de acesso, mas seguirá a mesma trilha. É outro ramal prolongamento do comercio do centro que se inicia na Ponte Cônego Bulhões, atravessa a Pedro Brandão, (principal), sai no Largo do Maracanã e sobe pela Rua Santa Sofia (lado direito, mas breve será também o esquerdo), entra na rua principal da COHAB Nova e deságua lá em baixo no início da Rua das Pedrinhas. Santana confirma a vocação comercial desde o tempo de vila.
Paralelamente multiplicam-se os condomínios pelos arredores.
O modernismo toma conta de tudo.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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