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segunda-feira, 21 de junho de 2021

LAMPIAO PÔE FOGO NAS FAZENDAS DO CORONEL PETRO

Tal como acontecera quando morreram Levino e Antonio Ferreira, a suposta morte de Ezequiel desencandeou em Virgulino uma incansável sede de vingança, passando a matar mesmo sem motivos, atirando nas pessoas que encontrava pelas estradas. Seu estado de espírito contagiou os cabras, já por natureza violentos. a todo instante, repetiam-se cenas de destruição e morte. Iam pelas estradas atirando em árvores, cercas, cancelas, até no vento. Só numa noite os cangaceiros mataram mais de 10 pessoas. Labareda contou que faziam aquilo pela força da cachaça. 

Lampião dizia que o responsável pela morte do irmão era o coronel Petronilo Reis, conhecido como coronel Petro, aquele que lhe ajudou anos antes, quando o bando se mudou para a Bahia, fugindo das forças pernambucanas. isso em 1928, onde Lampião se refugiou na Fazenda Gangorra e depois na fazenda Três Barras, do coronel Petro, onde durante alguns meses descansou em paz e segurança. Falo-se até que Petro teria proposto a Lampião a compra de umas fazendas em sociedade na região de Várzea da Ema. 

Coronel Petronilo de Alcântara Reis

Correram também boatos de que sido Petro quem indicou ao sargento Manoel Neto o paradeiro do bando. Dizia-se que Petro queria se apoderar das terras que teria comprado em sociedade com o cangaceiro. 

Num combate com uma volante baiana, tinha morrido um sargento chamado Afonso e no bolso dele os cangaceiros encontraram um bilhete assinado por Petro, dando indicações sobre os locais frequentados pelo bando e instigando a policia a eliminar Lampião. O fato é que, apartir de então redrucedeu o ódio de Lampião ao poderoso mandachuva de Curral dos Bois. 

Como não podia pegar Petro que vivia na cidade muito bem protegido, Lampião decidiu arruiná-lo economicamente, intencificando os ataques às suas fazendas e aos povoados controlados por ele. Pelo menos 14 fazendas do coronel foram incendiadas. muitos animais foram abatidos a tiros ou sangrados a punhal, fora os que Lampião ofereceu ao povo, dizendo:

"Quem quisé pode apruveitá, qui tudo é meu"

Temendo represálias, os amigos de Petro sumiram. Os vaqueiros também, ninguém queria mais trabalhar pra ele. A perseguição a Petro também foi uma forma indireta que Lampião encontrou para desmoralizar o governador-interventor Juracy Magalhães, já que o coronel Petronilo de Alcântara Reis, na condição de chefe político de Santo Antonio da Glória (hoje Gloria-BA) era amigo e aliado de Juracy, exercendo grande influência na região. Afinal de contas, Petro era um dos homens mais ricos do nordeste baiano, dono de mais de 30 fazendas.

Lampião anunciou:

"Eu vou infiá o coroné Petro im ua garrafa. mais antes eu capo ele"

(Fonte, Jose Bezerra Lima Irmão).

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