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terça-feira, 6 de março de 2012

Queremos a Copa, mas não de joelhos e tampouco com chute no traseiro...

Por: José Cícero
José Cícero Silva

Parece mesmo que não tem mais jeito. Esse negócio de copa do mundo no Brasil está mesmo virando motivo de chacota contra o povo brasileiro, além de comprometer até mesmo a nossa própria soberania. Ademais, diríamos que por trás dos holofotes midiáticos (e também na frente deles) nem mesmo Ricardo Teixeira – o pseudodono da CBF - nem Joseph Blatter da FIFA dispõem de qualquer credibilidade para nos dá conselhos e, tampouco nos exigir coisíssima alguma, desde que não seja dentro dos rigorosos princípios da mais absoluta normalidade jurídica e diplomática.
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Há sem dúvida, uma sensação estranha no ar. E agora, como se ainda não bastasse, vem este tal de Jérôme Valcke arrogânte secretário geral da FIFA querer fazer gracinha diante da imprensa, tirando sarro da nossa gente e das reais condições técnicas e operacionais do nosso país. Com uma infeliz declaração de que “os brasileiros deveriam levar um chute no traseiro”. Além de uma opinião da mais profunda deselegância, por sua vez, também demonstra o nível dos que fazem esta tal de FIFA que está longe (anos-luz) de ser uma entidade séria como deveria. Tão pior e tão suspeita quanto a própria CBF. Portanto, o ministro dos Esportes Aldo Rabelo neste caso, está correto em não mais reconhecer este francês como interlocutor daqui pra frente nos assuntos relacionado à organização da copa.

Porém tudo isso já nos era esperado, diante da posição submissa que aceitamos dada a votação desta vergonha chamada Lei Geral da Copa. Um atentado gritante contra a nossa Constituição Federal, nossa soberania e todo arcabouço jurídico do Brasil. Recomendo que todos os brasileiros procurem ler o que eles estão nos impondo e exigindo draconianamente neste esbulho chamado de lei. E, pasmem, ainda existe quem os defenda tanto na imprensa marrom (leia-se Galvão Bueno e TV Globo, claro) quanto no próprio Congresso Nacional, o que ainda é muito mais grave.
Todos os que agem desta maneira, estão prestando um imenso desserviço à nação brasileira. Nem num estado de guerra chegaremos a tanto. Rasgar nossa Carta Magna – que representa uma conquista histórica - para permitir que cafetões do imperialismo, cartolas do futebol sujo e demais empresários possam levar vantagens com um espetáculo que mesmo grandioso, não tem mais o antigo brilho do passado. Até porque, (infelizmente) o Brasil não mais dispõe sequer de uma seleção razoável. Não possuímos mais talentos e nem craques sequer com empatia popular. Hoje é como se nossa seleção estivesse sendo formada por atletas estrangeiros e alienígenas. Uma equipe cujo nível mal se equipara ao futebol da Escandinávia. Chegamos ao cúmulo de não mais conseguir superar a técnica da seleção da Bósnia. É óbvio. No momento, não dispomos de um time com condições competitivas sequer para sonharmos um modesto terceiro lugar. E é difícil pensar que até a realização da copa possamos dá a volta por cima. Torço, porém não acredito neste milagre.
Ora bolas, se querem levar a copa de volta que a levem... Mas não podemos nos prestar a este papel ridículo e vergonhoso de ficarmos de joelhos diante destes ‘anjos do mal’; representantes do capitalismo esportivo mundial. E, mais – se temos políticos alinhados demais com as intenções espúrias de todos eles – eu proponho: Vamos igualmente exigir que o façam uma lei geral da Educação, da saúde, da Cultura. Vamos à toque de caixa e sob pressão, construir escolas, hospitais, teatros, vilas olímpicas, estradas etc... Só estádios, hotéis e aeroportos não irão resolver em quase nada, a difícil situação do povo brasileiro.
Sem esquecermos que o nosso atual potencial futebolístico está uma lástima, dentre outras coisas pela absurda voracidade dos nossos atletas por fama, poder e por dinheiro... Nossa seleção, infelizmente, ainda se mostra pelo mundo afora, consumindo por assim dizer, a fama que lhe resta e que fora conquistada no passado. E parte do atual fracasso da nossa seleção, tem muito destes que, ao contrário do povo torcedor, lucram rios e rios de dinheiro com estes tipos de eventos. De modo que não estão nem aí para o resultado.
E por falar nisso, em se tratando de FIFA, CBF e Futebol empresa todos nós sabemos quem de fato merecem um forte e certeiro chute a La Nelinho no traseiro, mas não seremos nós que o daremos. Pois, ao contrário deles, somos educados e elegantes... Deixemos que o tempo implacável e como senhor de tudo, cumpra inexoravelmente o seu papel histórico.
Queremos sediar esta copa mesmo que este sonho de grandeza se transforme em pesadelo – mas não podemos nos rebaixar tanto. Ficarmos de joelho é estarmos no mais puro estado de vergonha. E isso não é nada interessante para o Brasil – antes chamado de o país do futebol. Portanto, com a mais absoluta da altivez, temos sim que exigir respeito. E mais: a soberania do povo brasileiro terá que ser algo inegociável...
José Cícero
Secretário de Cultura, Turismo e Esportes.
Aurora – CE.

Imagem ilustrativa da Internet. In -
phoris.blogspot.com

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