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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Maria Bonita

Por: José Mendes Pereira
José Mendes Pereira

O que disse Volta Seca ao jornalista do jornal o Pasquim no ano de 1973, sobre a entrada de 

Maria Bonita

Maria Bonita para o cangaço, foi bem detalhado. Mas uma resposta me deixou inquieto. O jornalista fez-lhe uma pergunta:

Volta Seca

- Ela atirava também?”. E ele o respondeu:
- Atirava! Eu queria está com ela e não queria está com dez homens da marca dos que eu conheço por aqui. Estava mais satisfeito”.

O cangaceiro Balão

A resposta de Volta Seca contraria o que disse Balão em novembro de 1973 à Revista Realidade. Veja: “Maria Bonita usava uma pistola Mauser de 11 tiros, mas também não atirava nada”. Balão deixou a sua resposta com duplo sentido. Quem era que não atirava nada, Maria Bonita ou a mauser?
Eu acho difícil Maria Bonita ter assassinado alguém no período em que ela participou do movimento social dos cangaceiros. É óbvio que o seu olhar era sério, duro, mas apenas o olhar, e dentro dela batia um coração amável e generoso. Afinal, Maria Bonita entrou no cangaço não para se vingar de ninguém, e sim, para ser a mulher do homem que ela achava que era a sua verdadeira alma gêmea. 
Em tudo que eu tenho lido sobre o cangaço ainda não encontrei algo escrito por algum autor de livros, textos ou outra coisa parecida, afirmando que Maria Bonita era perversa. 
Mesmo eu discordando algumas respostas de Balão na entrevista que ele também cedeu em novembro de 1973 à Revista Realidade, e deixando a resposta com duplo sentido, eu estou mais para acreditar nele, quando disse que Maria Bonita não atirava nada. 

José Mendes Pereira – Mossoró-Rn.

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