Cristino Gomes
da Silva Cleto, mais conhecido como Corisco (Água Branca, 10 de
agostode 1907 - Barra
do Mendes, 25 de maio de 1940) foi um cangaceiro do
bando de Virgulino Ferreira da Silva,
apelidado Lampião. Também era conhecido como Diabo Louro.
Biografia
Aos 17 anos,
em uma briga de rua Corisco matou um homem que era protegido do coronel da
cidade de Água Branca, e temendo ser punido e sem ter para onde ir tomou a
decisão de aliar-se ao bando do cangaceiro Lampião.[1] Corisco
era conhecido por sua beleza, seu porte físico atlético e cabelos longos
deixavam-no com uma aparência agradável, além da força física muito grande, por
estes motivos foi apelidado de Diabo Louro quando entrou no bando de Lampião.
Corisco
sequestrou Sérgia Ribeiro da Silva, a Dadá, quando ela
tinha apenas treze anos e mais tarde o ódio passou a ser um grande afeto.
Corisco ensinou Dadá a ler, escrever e usar armas. Corisco permaneceu com ela
até no dia de sua morte. Os dois tiveram sete filhos, mas apenas três deles
sobreviveram.[2]
Com a divisão
do grupo de Lampião (uma das estratégias para fugir da perseguição policial),
Corisco tornou-se líder de um dos grupos, formando seu próprio grupo de
cangaceiros.[1]
Em meados do
ano de 1938 a polícia alagoana
matou e degolou onze cangaceiros que se encontravam acampados na fazenda Angico, no estado
de Sergipe;
entre eles encontravam-se Lampião e Maria
Bonita. Corisco, ao receber essa notícia, vingou-se furiosamente, degolando
a família do fazendeiro acusado de delatar o bando à polícia, porém assassinou
as pessoas erradas.[1]
Morte
Em 1940
o governo Vargas promulgou uma lei concedendo anistia aos
cangaceiros que se rendessem. Corisco e sua mulher Dadá já haviam decidido
deixar o cangaço desde 1939, quando no ano seguinte estavam no Estado da Bahia, na cidade
de Barra do Mendes, em um povoado denominado Fazenda
Pacheco. O casal repousava em uma casa
de farinha após almoçarem, e estavam supostamente desarmados. O ataque
foi comandado pela volante do Zé Rufino, juntamente com o Ten. José Otávio de
Sena. Corisco foi surpreendido, mas não se entregou, dizendo a Rufino que não
era homem de se entregar. Foi metralhado na barriga, deixando seu intestino
fora do abdômen, ainda vivendo por 10 horas depois da rajada de tiros.[3] Dadá
precisou amputar a perna direita. Com as mortes de Lampião e Corisco, o cangaço nordestino enfraqueceu-se
e acabou se extinguindo.
Corisco foi
enterrado no cemitério da Consolação em Miguel
Calmon, na Bahia. Depois de alguns dias sua sepultura foi violada, e seu
corpo exumado. Seus restos mortais ficaram expostos durante 30 anos no Museu
Nina Rodrigues ao lado das cabeças de Lampião e Maria
Bonita.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corisco
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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