Por Noádia Costa
Uma grande
quantidade de jovens se tornaram cangaceiros com a ideia de ter uma vida melhor
e viver em liberdade . Um desses jovens foi o alagoano Manoel Aureliano Lopes.
Que no Cangaço foi o segundo cangaceiro a receber a alcunha de cobra verde.
Natural de Piranhas , entrou no Cangaço participando do subgrupo de Pancada.
Sobre a sua entrada no Cangaço em entrevista a Gazeta de Alagoas do dia
08/11/1938 falou:
"A razão que o levou a fazer-se bandoleiro foi achar bonito o traje dos facínoras que encontrava, notar o temor e respeito que infundiam, e querer ser na vida alguma coisa".
Ao jornal carioca A Noite, do dia 14 de novembro de 1938, ao ser perguntado
pelo correspondente do jornal o que o levou a se tornar cangaceiro
respondeu:
" eu era operário da fábrica da Pedra e ganhava de dez a quatorze mil réis por semana. Era um aperreio pra mim, rapaz novo e queria viver limpo com os outros. Era muito injustiçado na vida. Por isso resolvi ser bandido para ver se arranjava uns sobres. Achei boa a vida. Cheguei a possuir dois contos de réis, fora os "ouro ". Conta que nunca maltratou ninguém que vivia no Cangaço apenas para arranjar os "cobres".
Participou das entregas juntamente com o subgrupo de Pancada. Após se entregar passou a colaborar com a polícia entregando vários companheiros. Foi anistiado e libertado. Depois de libertado, não tivemos notícia de tal cangaceiro.
Bibliografia
Consultada: Cangaceiros de Lampião de A a Z
Foto 1: Cobra
Verde no dia da sua entrega.
Foto 2: Certificado de reservista de Cobra Verde
Créditos: Ciro Barbosa , grupo Viva Piranhas
Foto 2: Certificado de reservista de Cobra Verde
Créditos: Ciro Barbosa , grupo Viva Piranhas
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