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terça-feira, 20 de agosto de 2019

CANGACEIROS SOLTOS


1 - Vítor Rodrigues, o Criança, após o combate na Grota de Angicos, fugiu para São Paulo, adquiriu casa própria e mercearia naquela cidade.  Casa-se com Ana Caetana de Lima e tem três filhos: Adenilse, Adenilson e Vicentina. 


2 – Antenor José de Lima, o Beija-Flor - continuou pobre, analfabeto e desassistido.


3 – Manoel Dantas, o Candeeiro - segue o mesmo rumo, mas consegue se alfabetizar e negociar onde mora.    

Dos cangaceiros homens ele era o último e faleceu no dia 15 de Junho de 2014

4 – José Alves de Matos, o Vinte e Cinco - vai trabalhar como funcionário do Tribunal Eleitoral de Maceió e casa com a enfermeira Maria da Silva Matos e tem três filhas: Dalma, Dilma e Débora.                

5 - Antônio dos Santos, o Volta Seca - passa muito tempo preso na penitenciária da Feira de Curtume, na Bahia. É condenado, inicialmente, a uma pena de 145 anos, depois comutada para 30 anos. Através do indulto do presidente Getúlio Vargas, porém, em 1954, ele cumpre uma pena de 20 anos. Volta Seca casa e tem sete filhos e é admitido como guarda-freios na Estrada de Ferro Leopoldina.


6 - Ângelo Roque, o Labareda - consegue se empregar no Conselho Penitenciário de Salvador.  Casa e tem nove filhos.

         
7 - Saracura - E, intrigante como possa parecer, o ex-cangaceiro Saracura torna-se funcionário de dois museus, o Nina Rodrigues e o de Antropologia Criminal, os mesmos que expuseram as cabeças mumificadas dos velhos companheiros de lutas.

                          
8 - Bernardino, vulgo Canário - ele foi morto na cadeia por Penedinho, por ter entregado a sua cabeça à polícia em troca de redução da pena. Penedinho era primo de Adília, que era esposa de Canário. 

Português e sua companheira Quitéria

9 - Português - assim que Lampião foi morto, ele se entregou à polícia, mas foi assassinado na cadeia.


10 - João Marques Correia, vulgo, Barreiras - não consegui informação sobre ele.


11 - Antônio Luís Tavares, o Asa Branca era Paraibano. Viveu até falecer em Mossoró, em companhia dos 4 filhos e sua esposa Francisca da Silva Tavares, que ainda mora na mesma casa em que viveu o Asa Branca.

Viúva do cangaceiro Asa Branca paraibana mas reside em Mossoró.

Ele faleceu no dia 02 de novembro de 1981, e está enterrado no Cemitério São Sebastião em Mossoró, nos fundos da cova do cangaceiro Jararaca. 


12 - Juriti - após a chacina de Angico ele se entrega à polícia e foi liberado, mas covardemente foi queimado numa fogueira dentro da mata pelo Sargento DE LUZ, que fora delegado de São Francisco.

Sargento De Luz

O escritor Alcino Alves Costa diz em seu livro "Lampião Além da Versão - Mentira e Mistérios de Angico” que uma das autoridades mais perversa e sanguinária foi Amâncio Ferreira da Silva, que os cangaceiros já com documento de Soltura, ele os perseguia só para ter o prazer de matá-lo. 

Diz o escritor: "Amâncio Ferreira da Silva era o verdadeiro nome do sargento De Luz. Nascido no  dia 11 de agosto de 1905, este pernambucano ainda muito jovem arribou  para o Estado de Sergipe, indo prestar os seus serviços na polícia militar sergipana. Os tempos tenebrosos do banditismo levaram De Luz para o último porto navegável do Velho Chico, o arruado do Canindé Velho de  Baixo. Por ser um militar extremamente genioso, violento e perverso, ganha notoriedade em toda linha do São Francisco e pelas bibocas das caatingas do sertão. Dos tempos do cangaço ficou na história, e está  registrada no livro “Lampião em Sergipe”, o espancamento injusto que ele deu no pai de Adília e Delicado, o velho João Mulatinho, deixando-o  para sempre aleijado". 

Continua o escritor: "Um de seus maiores prazeres era caçar ex-cangaceiro para matá-los sem perdão e sem piedade. Foi o que fez com Juriti, prendendo-o na fazenda Pedra D`água e o assassinando de maneira vil e abjeta jogando-o em uma fogueira nas proximidades da fazenda Cuiabá. Foi em virtude de desavenças com o seu sogro, o pai de Dalva, sua esposa, que naquele dia 30 de setembro de 1952, quando viajava de sua fazenda Araticum para o Canindé Velho de Baixo, se viu tocaiado e morto com vários tiros. Morte atribuída ao velho pai de Dalva, o senhor João Marinho, proprietário da famosa fazenda Brejo, no hoje município de Canindé de São Francisco".

Continua o escritor: "Diz a história que João Marinho foi o mandante, chegando até ser preso; e seu genro João Maria Valadão, casado com Mariinha, irmã de Dalva, portanto cunhado de De Luz, ainda vivo até a feitura desse artigo, com seus 96 anos de idade, completados no mês de dezembro de 2011, foi quem tocaiou e matou o célebre militar e delegado que aterrorizou Canindé e o Sertão do São Francisco. Foi o sargento De Luz o matador de Manoel Pereira de Azevedo, o perverso e famoso Juriti. Manoel Pereira de Azevedo era um baiano lá das bandas do Salgado do Melão. Um dia arribou de seu inóspito sertão e viajou para as terras do Sertão do São Francisco, indo ser cangaceiro de Lampião, recebendo o nome de guerra de Juriti”.

Informação: Lembrando ao leitor que todos estes cangaceiros e o delegado De Luz já faleceram,apenas está viva a viúva do cangaceiro Asa Branca. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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