Por Raul Meneleu
orta, se bandidos ou não, Vou falar de cabras machos do sertão, Um deles foi Virgulino Ferreira, O famoso Lampião.
Eita Nordeste danado!
Tantas estórias da história de gente guerreira,
Pelo lado da mulheres tem Anésia Cauaçu,
Em Jequié na Bahia foi cangaceira,
Muito primeiro que Lampião.
Pelo lado da mulheres tem Anésia Cauaçu,
Em Jequié na Bahia foi cangaceira,
Muito primeiro que Lampião.
Tem Maria Bonita, outra baiana,
tem Enedina, alegre e bonitona,
Lídia e tem Dadá de Corisco,
A Suçuarana valentona,
Inacinha do cangaceiro Galo,
Sebastiana de Moita Brava,
Cila de Zé Sereno,
tem Enedina, alegre e bonitona,
Lídia e tem Dadá de Corisco,
A Suçuarana valentona,
Inacinha do cangaceiro Galo,
Sebastiana de Moita Brava,
Cila de Zé Sereno,
Maria de Labareda,
Lídia de Zé Baiano,
Neném de Luís Pedro,
Durvinha de Moreno,
Tantas mulheres arretadas,
enfeitavam os cangaceiros.
Do grupo dos “cabra” macho,
Tem Virgulino Ferreira, O Lampião,
temos Corisco, o diabo louro,
tem Labarêda
Tem também o Azulão.
A perder de vista homens machos,
Cabras da peste do sertão.
Espie só seu moço, quanta gente vô te dizê:
Zé Gomes, O Cabeleira,
Antônio e Ezequiel, irmãos de Lampião
Teve Lucas da Feira, Jesuíno Brilhante e Meia Noite,
Antônio Silvino, Sinhô Pereira, Bem-Ti-Vi,
Criança, Jararaca, Colchête,
Antônio Pereira, Antônio Marinheiro,
Ananias, Alagoano, Andorinha,
Arvoredo, Ângelo Roque, Beleza,
Beija-Flor, Bom de Veras, Cícero da Costa, Cajueiro,
Cigano, Cravo Roxo, Cavanhaque,
Chumbinho, Cambaio, Delicadeza,
Damião, Ezequiel Português, Fogueira, Juriti,
Luís Pedro, Linguarudo, Lagartixa,
Moreno, Moita Braba, Mormaço,
Ponto Fino, Porqueira, Pintado,
Sete Léguas, Sabino, Trovão,
Zé Baiano, Zé Venâncio, Vinte e Cinco,
Volta Seca, Barreiras, Zabelê,
Asa Branca, Candeeiro, Beija-Flor,
Teve Lucas da Feira, Jesuíno Brilhante e Meia Noite,
Antônio Silvino, Sinhô Pereira, Bem-Ti-Vi,
Criança, Jararaca, Colchête,
Antônio Pereira, Antônio Marinheiro,
Ananias, Alagoano, Andorinha,
Arvoredo, Ângelo Roque, Beleza,
Beija-Flor, Bom de Veras, Cícero da Costa, Cajueiro,
Cigano, Cravo Roxo, Cavanhaque,
Chumbinho, Cambaio, Delicadeza,
Damião, Ezequiel Português, Fogueira, Juriti,
Luís Pedro, Linguarudo, Lagartixa,
Moreno, Moita Braba, Mormaço,
Ponto Fino, Porqueira, Pintado,
Sete Léguas, Sabino, Trovão,
Zé Baiano, Zé Venâncio, Vinte e Cinco,
Volta Seca, Barreiras, Zabelê,
Asa Branca, Candeeiro, Beija-Flor,
Mas muitos se entregaram pra não morrer,
mas cabras machos eram...
Tem também os coronés,
José Pereira, de Princesa na Paraíba,
tido com cangaceiro perigoso,
Homens valentes das volantes,
que perseguiam Lampião,
José Lucena, Teófanes Torres,
José Caetano, Zé Saturnino,
e o famoso João Bezerra,
Tem também os coronés,
José Pereira, de Princesa na Paraíba,
tido com cangaceiro perigoso,
Homens valentes das volantes,
que perseguiam Lampião,
José Lucena, Teófanes Torres,
José Caetano, Zé Saturnino,
e o famoso João Bezerra,
na época tenente quando matou Lampião,
Embora sendo o matador mesmo,
Embora sendo o matador mesmo,
tenha sido um comandado seu.
Tem também essa tropa toda que merece lembrança,
e se por acaso eu esqueci algum, quando você lembrar, faz de conta que na lista está.
Pernambuco:
e se por acaso eu esqueci algum, quando você lembrar, faz de conta que na lista está.
Pernambuco:
Vila Bela (atual Serra Talhada) Antonio Pereira, padre José Kehrle, Antonio Alves do Exu e Cornélio Soares. Floresta – Antonio Serafim de Souza Ferraz (Antonio Boiadeiro). Belém – Manuel Caribe (Né Caribe). Tacaratu, Jatobá e Espírito Santo – Ângelo Gomes de Lima (Anjo da Jia). Flores – José Medeiros de Siqueira Campos, que se revezava com o Major Saturnino Bezerra, este do distrito de Carnaíba. Triunfo – Deodato Monteiro, Lucas Donato. Afogados da Ingazeira – Elpídio Padilha. Custódia – Capitão da Ribeira de Contindiba e Ernesto Queiroz. Moxotó – Antonio Guilherme Dias Lins. Buíque – Antonio Cavalcanti. Pedra – Francisco de França (Chico de França). Rio Branco (Arcoverde) – Delmiro Freire. Águas Belas – Constantino Rodrigues Lins. Cabrobó – Antonio André e Epaminondas Gomes. Salgueiro - Veremundo Soares. Belmonte – Luiz Gonzaga Ferras. Bom Conselho do Papacaça - José Abílio de Albuquerque Ávila e Francisco Martins. Leopoldina (Parnamirim) – Antonio Angelino. Serrinha (Serrita) – Frâncico Figueira Sampaio (Chico Romão). Petrolina – João Barracão e família Coelho.
Da Paraíba:
Princesa – José Pereira Lima. Conceição – Jaime Pinto Ramalho. Misericórdia (Itaporanga) – José Bruneto Ramalho e a família Nitão. Piancó – Felizardo e Tiburtino Leite. Cajazeiras – Famílias Rolim e Cartaxo. Alagoa do Monteiro – Augusto Santa Cruz.
De Alagoas:
Água Branca – Ulisses Luna (Ulisses da Cobra). Santana do Ipanema – Manuel Rodrigues. Mata Grande – Juca Ribeiro, família Malta. Pão de Açúcar – Joaquim Resende, Augusto Machado e Elísio Maia.
Do Ceará:
Missão Velha – Isaías Arruda. Porteiras – Raimundo Cardoso. Milagres – Domingos Furtado. Barbalha – Mousinho Cardoso. Aurora – Família dos Paulinos. Juazeiro – Padre Cícero e Floro Bartolomeu. Bravo – José Ignácio. Lavras da Mangabeira – Raimundo Cardoso. Jardim – Coronel Dudé. Brejo Santo - Antonio Teixeira Leite (Antonio da Piçarra).
De Sergipe:
Francisco Porfírio de Brito, João Ribeiro, Antonio de Carvalho (Antonio Caixeiro) e Eronildes de Carvalho.
Da Bahia:
Glória – Petronilo de Alcântara Reis (Coronel Petros). Jeremoabo – Saturnino Nilo.
Do Rio Grande do Norte:
Mossoró - Coronel Antonio Gurgel e Rodolfo Fernandes.
CANGACEIROS – Os cangaceiros viveram no nordeste por aproximadamente setenta anos. De 1870 até 1940, com seus ícones: José Gomes (Cabeleira), Lucas Evangelista (Lucas da Feira), Jesuíno Alves de Melo Calado (Jesuíno Brilhante), Adolfo Meia Noite, Manoel Batista de Moraes (Antonio Silvino), Sebastião Pereira da Silva (Sinhô Pereira), Virgolino Ferreira da Silva (Lampião) e Cristino Gomes da Silva Cleto (Corisco). Viviam em grupos, saqueando cidades, vilas e fazendas, enfrentando o poderio dos coronéis e fazendeiros, desafiando a polícia e todo aparato do Estado. A palavra vem de canga, peça de madeira que prende os bois ao carro. Os cangaceiros carregavam a arma sobre os ombros, lembrando uma canga. Quem se sentisse injustiçado, sempre procurava um meio de torna-se um cangaceiro. No cangaço o ganho era bastante superior ao de qualquer outra profissão estabelecida. Além do dinheiro e jóias, frutos dos saques, tinham fama, liberdade e respeito da população, admiração das mulheres, simpatia das pessoas e rompimento com a submissão dos donos do poder. No cangaço havia respostas urgentes para as necessidades materiais dos mais pobres.
Alguns tipos de cangaceiros:
O meio de vida: Que agiam por profissão.
O Vingança: Por ética.
O Refúgio: Por defesa.
O fim do cangaço é dado com a morte de Corisco, em 1940.
Os mais destacados chefes de cangaceiros do tempo de Lampião que agiram com ele em diversos momentos, foram: Virginio (Moderno), Sabino Gomes, Luiz Pedro, Antonio de Ingrácia, Cirilo de Ingrácia, Sinhô Pereira, Antonio Rosa, Cassemiro Honório, Antonio Matilde, Azulão, Gato (de Inacinha), Zé Sereno (José Ribeiro), Pancada, Chico Pereira, Curisco, Zé Baiano, Labareda (Ângelo Roque), Massilon Leite, Sabino das Abóboras, Jararaca (José Leite), Antonio Rosa, Balão, Meia Noite, Tubiba, Bom Deveras e Baliza.
Fonte da pesquisa: Lampião Seu Tempo e Seu Reinado de Frederico Bezerra Maciel; Lampião O Rei dos Cangaceiros de Billy Jaynes Chandler; Cangaço A Força do Coronel de Júlio Chiavenato; Lampião em Sergipe de Alcino Costa; No tempo de Lampião de Leonardo Mota; Lampião Cangaço e Nordeste de Aglae Lima de Oliveira; Lampião na Bahia de Oleone Coelho Fontes; O Fragello de "Lampeão" de Pedro Vergne de Abreu
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