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terça-feira, 28 de agosto de 2012

NA TRILHA DE LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE


Por: Marinalva Freire da Silva

“Lampião contra o Mata Sete” é a obra mais recente do escritor Archimedes Marques, Jurista, Delegado da Polícia Civil de Sergipe, exímio estudioso de Virgulino Ferreira da Silva, O Lampião.


A obra referida trata de uma réplica fundamentada de “Lampião, o Mata Sete”, de Pedro de Morais que, no afã  de ibope, de causar sensacionalismo, atribui a Lampião qualidades não inerentes a um cangaceiro que liderou o nordeste brasileiro, causando terror por onde passava com seu bando. Como se não bastasse, atribui 


a Maria Bonita todas as qualidades que denigrem a  honra feminina.

Como se sabe, há vários estudiosos que trilham a rota do cangaço, principalmente a do chefe maior, Lampião, posto que, conforme registra a História, tratava-se de um bandido cruel, sanguinário, frio, em busca de “justiça com as próprias mãos”, o que é condenável pela justiça, pois violência gera violência.

Mesmo com esses atributos comprovados, não se pode atribuir a tal conduta a homossexualidade, que nada tem a ver com cangaço, pelo menos no caso de 


Lampião e seu bando, pois não condiz com o homem valente, corajoso, implacável, que foi a personagem em destaque.

A História da Humanidade não pode mudar seu curso, digo, não pode ser narrada pela contramão dos fatos sob pena de não mais representar o marco de uma  determinada época. E quando alguém se dispõe a registrar os fatos que não o faça à revelia de sua imaginação como o fez o autor da obra contestada porque causam muitas polêmicas desnecessárias, levando-se em consideração que “contra os fatos não há argumento”. E os perfis de Lampião e Maria Bonita estão traçados na contramão dos fatos, sem as devidas provas que justifique tal leviandade.  

O que me admira em relação ao autor Archimedes Marques é a coragem e a lisura com que contra-argumenta os posicionamentos infundáveis do autor de “Lampião, o Mata Sete”; utiliza-se aquele uma linguagem simples, correta, jornalística, citando as inverdades da obra com fundamentos de um pesquisador nato, ou seja, dentro da ética de um estudioso de seu porte. Dessa forma, reconstitui a verdadeira história do cangaço cujo personagem principal foi Lampião, devolvendo à História seu verdadeiro objetivo, qual seja, retratar os fatos como ocorreram sem paixão nem ódio, mas dentro dos parâmetros da ética de um pesquisador de envergadura, que sabe onde deve m ser colocados os pontos nos is. 

Parabéns, portanto, ao escritor Archimedes Marques, que erigiu com sabedoria e imparcialidade o monumento “LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE”, obra que deve compor as estantes, principalmente, dos historiadores.  Aconselho, pois, a leitura da Obra.
                
João Pessoa, 25 de agosto de 2012

Marinalva Freire da Silva
Escritora. Membro da APEESP/SP; UBE/PB; AFLAP
Delegada de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana

Enviado pelo Delegado de Polícia Civil no Estado de Sergipe, escritor e pesquisador do cangaço:
Dr. Archimedes Marques

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