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terça-feira, 6 de setembro de 2016

PEGUEM CANETA/LÁPIS E PAPEL PARA FAZER A ANOTAÇÃO.


Amigos (as), membros do grupo “o cangaço” tendo em vista as informações distorcidas sobre o exato local da morte de Benjamin Abrahão Botto, antigo secretário do padre Cicero e autor das fotos e filmagens de Lampião e sua gente, quero aqui deixar claro que Benjamin Abrahão foi morto em uma localidade chamada Pau Ferro que atualmente é a cidade pernambucana de Itaíba.

Benjamin Abrahão foi morto no dia 07 de maio de 1938 quando saia de um bar em direção a pensão onde estava hospedado, nesse intervalo o gerador que fornece energia para a localidade deixou de funcionar e nesse momento Benjamin Abrahão foi atacado e esfaqueado com 42 facadas, seus gritos ecoaram pelo lugarejo. Ao amanhecer do dia o corpo do aventureiro é encontrado dentro da casa de um deficiente físico conhecido como Zé de Rita que, segundo consta, a sua esposa estaria sendo assediada por ele. Um crime cheio de mistérios que até hoje meche com a curiosidade e a imaginação de todos (as).

Obs: Uma das fontes sérias sobre essa informação é o livro “ENTRE ANJOS E CANGACEIROS” de Frederico Pernambucano de Melo. 

Informação constante nas páginas 271 e 272 do referido livro.


No mapa do Estado de Pernambuco abaixo vemos destacada em vermelho a exata localização da cidade de Itaíba (Antiga Pau Ferro).
Imagem: Wikipédia.

Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Biografia de Benjamin Abraão

Benjamin Abrahão Botto (ZahléLíbano, c. 1890 — Serra Talhada10 de maio de 1938) foi um fotógrafo sírio-libanês-brasileiro, responsável pelo registro iconográfico do cangaço e de seu líder, Virgulino Ferreira da Silva – o Lampião. Abrahão morreu assassinado durante o Estado Novo.

Embora publicado em jornais, o pouco que se sabe da vida de Benjamim Abraão vem de fontes mescladas entre a mídia historiográfica e os meios de subsistência do ambiente nordestino, fatos que não se encaixam com a realidade profissional de um secretário, bem como de expert operador de equipamentos de filmagem, muito avançados para a época.

A fim de fugir à convocação obrigatória pelo Império Otomano de lutar durante a Primeira Guerra Mundial, migrou para o Brasil em 1915.[1]

Foi comerciante (mascate) de tecidos e miudezas, além de produtos típicos nordestinos, primeiro em Recife, depois para Juazeiro do Norte, com dois burros (Assanhado e Buril) e um cavalo (de nome Sultão), atraído pela grande frequência de romeiros[2]

Abrahão foi secretário do Padre Cícero, e conheceu o cangaceiro Lampião em 1926, quando este foi até Juazeiro do Norte a fim de receber a bênção do célebre vigário e a patente de capitão, para auxiliar na perseguição da Coluna Prestes,[3] uma vez que não se encontrou com Lampião em 1924, quando de outra de sua visita à cidade, apesar de lá se encontrar.[4] A nomeação fora feita, a mando do padre, pelo funcionário federal Pedro de Albuquerque Uchoa, segundo uma autorização dada ao deputado Floro Bartolomeu pelo próprio presidente Artur Bernardes - ordem que em nada adiantou, pois não foi respeitada nos demais estados, resultando que Lampião e seu bando jamais efetuaram perseguição a Prestes.[5] Em 1929 Abrahão fotografou o líder cangaceiro ao lado do padre[6]

Após a morte de Padre Cícero, Abrahão solicitou e obteve do "Rei do Cangaço" a permissão para acompanhar o bando na caatinga e realizar as imagens que o imortalizaram. Para tanto teve a parceria do cearense Ademar Bezerra de Albuquerque, dono da ABAFILM que, além de emprestar os equipamentos, ensinou o fotógrafo seu uso. Por ao menos duas ocasiões esteve junto ao bando de Lampião, realizando seu mister.[3]

Abrahão teve seus trabalhos apreendidos pela ditadura de Getúlio Vargas, que nele viu um antagonista do regime. Guardada pela família de libaneses Elihimas, em Pernambuco, a película foi analisada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda(DIP), um órgão de censura.

Morreu esfaqueado (quarenta e duas facadas[4]), sem que o crime jamais viesse a ser esclarecido, tanto na autoria como na motivação, donde se especula ter sido mais uma das mortes arquitetadas pelo sistema,[3] como outras ocorridas em situação análoga, a exemplo de Horácio de Matos (embora exista a versão de que o fotógrafo sírio-libanês teria sido alvo de roubo, por algum ladrão, apesar de com este nada de valor haver[2]).

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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