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quinta-feira, 2 de abril de 2020

NÃO É CANGAÇO. É SÓ COMO ARQUIVO. UMA BRINCADEIRINHA - 1º. DE ABRIL DE 2020 - FUGI ÀS PRESSAS DO PARQUE DE DIVERSÃO PARA NÃO SER MACHUCADO

Por José Mendes Pereira 

Era um sábado de um mês qualquer do ano que também não me lembro mais, mas isso foi no período em que inocentemente posei diante de uma câmara fotográfica para fazer esta foto, entregando-a aos amigos e amigas do facebook para ser julgada através de elogios ou no meio de críticas.


A noite chegou clareada pela lua que elegantemente desfilava na gigantesca e deslumbrante passarela do universo. Na José de Alencar no bairro Paraíba eu me vestia e me calçava para fugir e chegar até ao Parque de Diversão no grande Lago do bairro Santo Antonio, que por lá tinha se estabelecido naquelas imediações do hospital de Caridade do ex-senador Duarte Filho, eleito pelos esforços intelectuais de Aluísio Alves ex-governador do Rio Grande do Norte.


Habitualmente, nos últimos dias que antecedia o fim da campanha eram três dias e três noites de vigília que o cigano feiticeiro Aluísio Alves passava sobre um caminhão, recebendo apoios e algumas vezes, estes negados, além do sol e chuva, sem dormir, mal alimentado, mas mesmo assim visitando todos os bairros de Mossoró, com a intenção de matar a sua fome que nada mais era do que angariar votos. Acabava-se de imediato a sua fome se adquirisse sufrágios para ser eleito ou desfrutar do prazer do seu candidato apoiado.

Continuando a nossa história:

Assim que me aprontei saí de mansinho para que os olhares dos monitores da Casa de Menores Mário Negócio seu Manoel Maia e o mano Francisco José Caldas Da Silva Dedé (o 40) não me vissem. E pela Avenida Alberto Maranhão entrei. Mais a frente ocupei a Rua João Marcelino, e em seguida, invadi a Juvenal Lamartine, e por ela não demorei muito para chegar ao Parque de Diversão.

Quando eu entrei na multidão de jovens que visitava aquela recreação fui logo atacado por uma porção de garotas que enlouquecida queria me beijar, me abraçar ou me namorar. Não tendo como ficar naquele lugar saí tentando me livrar da moçada que no momento me rodeava. 


Num espaço que ela me cedeu a oportunidade de ficar mais livre, saí às carreiras tirando o trajeto numa grande velocidade em busca da Casa de Menores Mário Negócio, porque lá era o meu refúgio. E todas as garotas me seguiram como loucas, quase me pegando. Eu correndo e elas correndo num pega-pega dos danados.

Ao chegar à instituição eu estava mais morto do que vivo. Mas mesmo assim fui pular o muro, porque não dava tempo eu abrir o portão com a chave, do contrário elas me pegavam e me machucavam todas de uma só vez. E ao cair do outro lado do muro pisei na ponta de uma tábua que tampava um cacimbão. Com o meu peso a tábua subiu a outra ponta, e ao voltar ao local de origem, provocou um som esquisito. Foi aí que acordei porque a cama de acampamento desarmou no momeno do medo que eu tive. Em seguida foi que percebi que nem de casa eu tinha saído naquela noite. Eu estava deitado sobre a minha cama de acampamento com uma sonolência das danadas.

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