Clerisvaldo B. Chagas, 12/13 de julho de 2021
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.573
Durante a fase de vila e primeira metade do século XX, tivemos um sem fim de dirigentes de Santana do Ipanema, vindos de fora, caracterizando assim as profecias saídas da boca do Padre Francisco José Correia de Albuquerque. Profecias essa que parecem terem sido vencidas em torno do início dos anos 70, para todas as cidades profetizadas como Pão de Açúcar, Batalha, Capim (Olivença) e Santana do Ipanema. Porém Santana do Ipanema, não se limitou apenas aos seus dirigentes de outras cidades. Muitas e muitas outras pessoas de fora chegaram aqui para o trabalho comum nos mais diversos setores da economia, fazendo a cidade prosperar com essas causas abraçadas. O próprio padre Francisco Correia era penedense, foi o nosso primeiro pároco e um dos fundadores da cidade, além de proporcionar outros futuros benefícios.
Tivemos o coronel Manoel Rodrigues da Rocha, a maior liderança da sua época, proveniente de Águas Belas. Padre Bulhões, originário de Belo Monte. O coronel José Lucena de Albuquerque Maranhão que liderou o Sertão de Alagoas justamente com o padre Bulhões, caracterizando a bota e a batina. O maestro Queirós que fundou a primeira banda de música de Santana Vila e o primeiro teatro e que era de Água Belas. Firmino Falcão Filho (Seu Nozinho) de origem viçosense, que foi prefeito e construtor da Ponte Cônego Bulhões que liga o Comercio ao Bairro Camoxinga e introduziu o gado Gir no município. Dr. Arsênio Moreira, primeiro médico a clinicar em Santana, vindo da Bahia.
Tipos populares como Hermínio Tenório (Moreninho) vindo de Viçosa que se tornou o “médico do povo”. Antônio Alves Costa, (Costinha), veterinário prático que prestava serviços na redondeza, no campo e na cidade. A maioria dos padres que atuaram por aqui. Dr. Adelson Isaac de Miranda, dentista e diretor do Ginásio Santana, proveniente de Bom Conselho e muitas e muitas outras pessoas que aqui chegaram constituíram família, dedicaram-se a terra como se fossem filhas do nosso torrão.
Temos muito mais a agradecer aos filhos adotivos de Santana do Ipanema, do que simplesmente criticar. Haja visto o meu compadre professor Marques Aguiar (Belém), o dentista Paulo Moraes, o professor Ely (Capela), dona Joaninha (Pernambuco) líder comunitária e guardiã do rio Ipanema, Manezinho Forrozeiro (Boca da Mata) cantor e guardião do rio. Todos contribuíram enormemente pelo progresso do nosso município e tornaram-se pessoas inesquecíveis aos nossos olhares.
DONA JOANINHA E MANEZINHO “IMPERADOR DO FORRÓ” (FOTO: B. CHAGAS).
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