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segunda-feira, 30 de junho de 2014

A TURMA DO FUNIL

Por Clerisvaldo B. Chagas, 30 de junho de 2014 - Nº 1.217

Lá nos idos da era 60, surgiu uma marchinha de Carnaval, entre tantas outras, simpática e que deixava eufórico o participante da brincadeira. 


Numa composição de Mirabeau, M. de Oliveira e E. Castro, a música carnavalesca chamava-se “A Turma do Funil”. Na minha terra foi formado um bloco com esse nome, tendo a marchinha como carro-chefe. Desfilando pelas ruas e entrando nas casas dos influentes, lá ia à rapaziada:

Chegou à turma do funil
Todo mundo bebe
Mas ninguém dorme no ponto
Ai, ai, ninguém dorme no ponto
Nós é que bebemos e eles ficam tontos (BIS)

Como jovem adolescente eu pensava como seria bom fazer parte da Turma do Funil. A maioria fantasiada, alguns com os rostos cheios de farinha de trigo, todos conduzindo garrafas e funis. Sempre havia um trio musical composto, geralmente, à base de sanfona, pandeiro e triângulo. Aquela latomia pelas ruas e avenidas da cidade iniciava cedo e se prolongava até às 13 ou 14 horas quando a turma começava a se dispersar.

Não tinha quem não acompanhasse a musiquinha;

Eu bebo, sem compromisso
Com meu dinheiro
Ninguém tem nada com isso
Aonde houver garrafa
Aonde houver barril
Presente está à turma do funil.

Ao ver o jogo Grécia X Costa Rica, o sofrimento dos latinos, veio imediatamente à imagem do funil do vestibular, o objeto de zinco mais temido da época. E o bloco de Carnaval da “Rainha do Sertão” também veio à tona.

As etapas da copa se afunilam e, só os privilegiados rompem a parte delgada do instrumento infundíbulo.

Queiramos ou não, todos nós pertencemos À TURMA DO FUNIL.



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