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sábado, 22 de julho de 2017

(EXPERIENCIA PARA MIJAR NAS CALÇAS)

Por Guilherme Machado

Depois de 50 anos me aparece este que foi um tormento em minha infância pobre e órfã de pai e mãe... Em 1968 eu já com 8 anos de idade, internado no colégio sobre Filantropia de ordem da Igreja Franciscana! Colégio Liceu de Artes e Oficios da Bahia sede na rua ladeira do Pelourinho aos fundos da antiga Faculdade de Medicina da Bahia... Estava eu e um outro companheiro da série matinal da oficina de marcenaria do colégio, quando entraram várias autoridades  na faculdade, dentre elas o professor Estácio de Lima, onde iam fazer uma última demostração da cabeça do Cangaceiro Lampião.

Foto fonte Prof. Estácio de Lima. texto Guilherme Machado.

Cangaceiro Lampião para mim, era tudo novidade, eu um garoto de rua, que perambulava pela baixa dos sapateiros, vivendo ao lado de malandros prostitutas e trombadinhas. Nunca tinha ouvido falar em Cangaceiros.

Foi quado eu e o meu amigo Ednelson damos um jeito, de entrar na ente sala onde iam mostrar a tal cabeça de Lampião. Juro caros amigos, achei que iria ver a cabeça de um lampião de gás.

Foi quando vir pela primeira vez a cabeça de um homem sem o corpo. Comecei a mijar no macacão azul que era a farda do Colégio. E durante messes, não conseguia dormir sem saber o que era aquela cabeça mumificada de cor preto fosco sem olho e sem sangue e sem explicação.
Depois de um ano encontrei por intermédio de um professor o ex-cangaceiro Labareda foi quem me explicou o significado daquela cabeça sem o corpo.

Labareda grosso e sem paciência não nos deu muita liberdade, disse que não ia falar com capitão de areia de Salvador, se quiséssemos saber da verdade que nós fôssemos até Paripiranga. Anos depois, fui até Paripiranga e nada.

Hoje o que sei sobre o cangaço agradeço aos livros e muitos grupos de estudiosos do Cangaço.

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