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quinta-feira, 24 de maio de 2018

A VACA, O CORONEL E O TREM DA GREAT WEST


Por Junior Almeida

Meu parente lá por detrás da serra, mas especificamente por trás da Serra do Ororubá, Leonides Caraciolo, contou em seu "Arcoverde do Cardeal" um causo interessante passado no início do século passado. Foi assim:

A antiga Olho D'Água dos Bredos, depois Rio Branco, em homenagem ao Barão e depois Arcoverde, em homenagem ao seu filho mais ilustre, o primeiro Cardeal da América Latina, recebeu em suas terras os trilhos da famosa Great West. A estação de trem da "Porteira do Sertão" foi inaugurada em 1912.

A estrada do "embuá de ferro" passava por dentre outras terras nas do Coronel João de Brito, nas proximidades da povoação de Mimoso. Eis que certo dia a maria fumaça da firma inglesa atropelou uma vaca do potentado. Furioso com o que achava uma afronta, João de Brito mandou que seus empregados rolassem uma enorme pedra até a linha férrea, no exato local que seu animal tinha morrido.


Seus amigos e filhos tentaram em vão convencê-lo da ideia, argumentando que o trem não teria como parar de repente para não bater na pedra.

Pois vamos ver se ele esbarra ou não esbarra! Disse o coronel.

O fato é que o trem da Great West parou, evitando assim o choque com a pedra. João de Brito se dirigiu ao maquinista dizendo:

Esbarrou, não é, seu filho de uma égua! A vaca você não viu, mas a pedra você bem que enxergou!

O maquinista desculpou-se dizendo não ter sido ele o responsável pelo atropelamento da vaca, prometendo que a companhia indenizaria o fazendeiro pela sua vaca, fato que realmente ocorreu.

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