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sábado, 27 de abril de 2019

SE TODOS OS BRASILEIROS PROTESTASSEM CIRCUS QUE USAM ANIMAIS FEROZES NO SEU PICADEIRO NÃO ACONTECERIA O QUE ACONTECEU COM O GAROTO DE 6 ANOS, ATACADO E COMIDO POR LEÕES.

Por José Mendes Pereira

O lugar de animal feroz é no seu habitat, na selva e não misturado com seres humanos. O que aconteceu com o garoto  José Miguel dos Santos Fonseca Júnior, de 6 anos de idade, foi triste, porque foi atacado e morto no domingo do dia 9 de abril do ano 2000, às 19h, por cinco leões do circo Vostok, que se instalara no estacionamento do shopping center Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, no Estado de Pernambuco. Segundo a Agência Folha em Recife cerca de 3.000 pessoas presenciaram o triste ataque à criança.

Diz o jornal: "Houve tumulto, e a plateia teve de ser retirada do local. Segundo José Miguel dos Santos Fonseca, pai do menino, o ataque aconteceu durante o intervalo da apresentação, quando ele, seus dois filhos, Júnior e Mirela, de 3 anos, e outras pessoas foram tirar fotos dos cavalos, em um cercado fora do picadeiro.

A fotografia foi autorizada pelo apresentador do circo, que indicou o caminho. O trajeto incluía uma passagem ao lado da jaula dos leões, que estava no picadeiro. O avanço do leão aconteceu na volta para a plateia.

Um dos cinco leões puxou o menino das mãos de Fonseca. “Minha menina viu o irmãozinho ser arrastado”, afirmou o pai.

“O leão colocou as duas patas para fora da jaula, puxou o menino para dentro, abocanhou a cabeça e balançou o garoto. Aí, os outros leões o atacaram”, disse o músico Severino Ferreira da Silva, 32, que estava a dois metros de Júnior.

A força com que o leão o puxou chegou a envergar as grades da jaula. O espaço entre uma barra e outra era de 10 centímetros. O menino, depois de agarrado foi arrastado cerca de 30 metros por um corredor de aço, que termina em uma caçamba de caminhão também gradeada.

A Polícia Militar chegou ao local às 20h, uma hora depois do ataque. Primeiro, tentou afastar os leões do corpo do menino, dando tiros para o alto. Como eles não se afastavam, a polícia atirou em dois deles, que acabaram sendo mortos, segundo o tenente Adriano Freitas. Os outros três leões foram isolados.

“Meu filho foi morto por imprudência. Vou processar o circo. Não pelo dinheiro, mas pela irresponsabilidade”, afirmou Fonseca. Ele disse que não sabe como contar o fato à sua mulher, que está grávida de oito meses.

O delegado do distrito de Prazeres, Dorgival do Carmo Accioly, instaurou inquérito por homicídio culposo.

Às 22h10, houve um tiroteio. Dois dos três leões que estavam isolados em um compartimento dentro da jaula estouraram a grade e voltaram a atacar o corpo.

A polícia interveio e atirou com revólveres e fuzis contra os animais. Os dois morreram. Houve correria e um dos policiais ficou ferido ao tropeçar em uma grade.

Até as 22h30, o corpo do menino, totalmente dilacerado, ainda permanecia dentro da jaula à espera do IML (Instituto Médico Legal). A área está isolada, e cerca de 50 policiais militares estão no local.

José Nemésio de Sena, perito do Instituto de Criminalística, constatou que o vão da grade da jaula, que era de 10 cm, abriu para 16 cm com a força do leão.

Segundo ele, existem evidências de supostas falhas de segurança, como a falta de grade de proteção perto da jaula do picadeiro.

Ele disse ainda que o túnel que liga o caminhão à jaula está amarrado com cordas de náilon e deveria ser com barras de ferro.



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