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terça-feira, 10 de março de 2020

O CORONEL CHICO HERÁCLIO USOU ARMAS BIOQUÍMICAS CONTRA OS ADVERSÁRIOS


Por Angelo Castelo Branco

O ditador venezuelano Maduro está acusando a população de Caracas. É que o povo venezuelano resolveu jogar cocô nas milícias que reprimem os protestos contra o governo falido. Os grupos de militares e paramilitares voltam imundos e fedidos depois dos confrontos nas ruas. Maduro está possesso e acusa o povo pelo uso de "armas bioquímicas" que nada mais são do que merda (cuidadosamente, suponho) adicionada em sacos plásticos.

Entretanto, jogar merda em governo não é algo inédito na América Latina. Lá pela década de 60 o famoso "Coronel" Chico Heráclio, que montou um império de terras e de votos a partir da cidade de Limoeiro, perdeu uma eleição e brigou com o governo do Estado.

Desmoralizado nas urnas ele passou a ser motivo de chacotas. Caminhões carregados de populares governistas desfilavam em sua rua gritando insultos e debochando do ex-poderoso chefe político.

Mas o coronel não se deixou intimidar. Contratou um grupo de velhos bacamarteiros e preparou uma reação inusitada. Os atiradores "de elite" esconderam-se atras de pés de avelós, encheram os bacamartes de merda e concentraram fogo cerrado nos caminhões da militância oficial.

Até hoje, segundo contam Roberto Cavalcanti e Marcos Vilaça no cinquentenário "Coronel, Coronéis" ninguém em Limoeiro confessa que estava no caminhão emboscado.

O problema foi resolvido e espero que também o seja na Venezuela.

Angelo Castelo Branco é jornalista

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