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quarta-feira, 20 de maio de 2020

ARQUITETO DO UNIVERSO

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

Arquiteto do Universo, quanta miséria?
A Covid-19 matando a humanidade
É coisa de gente grande, não pilhéria.
Depende de Tu, superior Divindade.

Se não bastasse no mundo desgraçado
Onde o desemprego é fábrica de prostituição
É o desenho ideológico aqui executado
Grande é o traçado de desamparo e ação.

O mundo que Tu fizeste com cuidado
E hoje se vê homens de carnes nuas
Máscara do ser invisível, ignorado
Mercado crescente do viver nas ruas.

É o inferno em vida tal sofrimento
Si vê más não se vê tantas crianças
Abandonadas vivendo de momento
Desnutridas e sem esperanças.

Crianças maltrapilhas sem futuro
Falta tudo: família, carinho e proteção
E ainda vivem de sorriso puro
Sem livro, caderno, lápis e pão.

Nas ruas vivem mulheres
De roupas sujas e descabeladas
Come o que recebe sem talheres
Assim vivem preocupadas...

São seres humanos renegados
Da sorte, esquecidos do poder estatal
São invisíveis e nunca cumprimentados
Partitura humana em carne e osso, sem jogral.

https://www.recantodasletras.com.br/poesias/6925551

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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