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sábado, 17 de outubro de 2020

O JAZZ FLUTUANTE DE LAMPIÃO.

 Por João Filho de Paula Pessoa

Numa certa noite de Abril de 1938, Lampião, Maria Bonita e seu bando atravessavam à barco o Rio São Francisco, de Sergipe a Alagoas, quando perceberam a presença de outra embarcação que transportava uma Banda de Música, a Jazz-Banda da cidade de Pão de Açúcar, e ordenou que as embarcações se emparelhassem, o que deixou os músicos muito apreensivos e temerosos com a aquele inesperado e sinistro encontro. 

Lampião ao se aproximar tranquilizou os músicos e pediu que estes tocassem para ele e seu bando. A Banda então se pôs a tocar, naquela flutuante, noturna e sul real travessia, à luz da lua e sob as água do Velho Chico. 

Tocaram músicas de Cole Porte e Louis Armstrong e outros ritmos, para o desfrute dos Cangaceiros, ao final daquele inusitado percurso naval Lampião pagou pelo concerto musical a quantia de cinco mil réis a cada músico da banda, o que os deixou surpresos, gratos e acima de tudo aliviados. Após, despediram-se e banda e bando seguiram, cada um, seu caminho. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 16/10/2016.

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