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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

O FIM DO CANGACEIRO ANTONIO ROSA TRAÍDO PELO PROPRIO IRMÃO

 Por Na Rota do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=afmB_kp41W4&ab_channel=NaRotaDoCanga%C3%A7o

O FIM DO CANGACEIRO ANTONIO ROSA TRAÍDO PELO PROPRIO IRMÃO

No início do ano de 1924 Antonio Rosa Ventura entrou no povoado de “São João do Barro Vermelho”, e através de conversa com um cidadão que tinha como nome "Constantino", este que era dono de uma bela arma, que para sua infelicidade, o Antonio Rosa Ventura desejou possuí-la. Mas o Constantino não tinha interesse de desfazer daquela arma, e mais tarde, com interesse de ficar com ela, Antonio Rosa assassinou o Constantino. Ciente da morte que fizera Antonio Rosa deu no pé em busca de abrigo no Estado da Paraíba, e lá, novamente como antes, juntou-se aos irmãos Livino Ferreira e Lampião.

O certo é que, corria um boato em boca miúda que a população de “São João do Barro Vermelho” bem armada, aguardava um dia o rei do cangaço entrar na localidade em visitas a amigos do vilarejo, inclusive sua comadre dona Especiosa, seria atacado pelos parentes do morto. Mas o rei Lampião que sabia muito bem conquistar amigos, tomou logo conhecimento, que a família do Constantino estava querendo se vingar de Antonio Rosa Ventura, pela morte do seu parente.

À noite vinha chegando, e o cangaceiro Antonio Rosa Ventura foi em busca de um lugar para se deitar. E ali mesmo, na varanda da casa, levou o punho da rede para colocar no armador. Livino Ferreira da Silva e um dos cabras chamado Enéas, por uma janela que dava acesso à varanda da casa, apertaram os gatilhos das suas armas, banhando de munições as costas do velho parceiro e irmão de criação dos Ferreiras, porque fora criado pelos pais de Lampião. Antonio Rosa Ventura caiu sobre o chão sem soltar um só gemido.

No dia seguinte, pela manhã, o valente cangaceiro Antonio Rosa Ventura foi sepultado pela vizinhança, a umas vinte braças de distância da casa em que morrera.

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