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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

LIVRO DE RAPADURA

   
O Coronel Antônio Joaquim de Santana, cearense de Barbalha, foi coiteiro de Lampião por muitos anos. Em 1926, o bando de Lampião estava por lá, comandado por Antônio Ferreira, a serviço do Coronel. Então aconteceu um fato pitoresco que nos conta o historiador Alberto Santiago Galeno, em seu livro “Território dos Coronéis", edição de 1987.

Os cangaceiros geralmente eram homens novos e não perdiam oportunidade para, em momentos de folga, fazerem as suas graças, as suas brincadeiras. Na fazenda do coronel Santana existia um grande galpão onde os bandoleiros armavam redes e descansavam. Certo dia, quando eles estavam no galpão, apareceu o Lucíolo, filho menor do prefeito de Jardim e Lourival filho do Coronel Daudet. Meninos buliçosos e traquinos ficavam mexendo nos ferrolhos dos mosquetões, nas facas dos cangaceiros e estes até que gostavam das traquinagens dos garotos porque soltavam gargalhadas efusivas.

Em um destes momentos raros de calma e tranquilidade, aconteceu uma crise de risos por conta do menino Lourival, que era seminarista e trazia na escola, junto com um caderno, uma maleta cheia de rapadura. Um dos cangaceiros abriu a mesma e exclamou: - venham ver negrada, os livros do estudante é feito de rapadura!... Nesta hora, houve uma explosão de gargalhadas.

Site: www.kantabrasil.com.br/Lampiao.../Lampião%20e%20outras%20Históri...‎
  
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Um comentário:

  1. Anônimo08:37:00

    Pelo que venho aos poucos entendendo, caro Mendes, o rei do cangaço contava com muitos coiteiros de posição elevada, como é o caso do cidadão deste texto. Assim ficava difícil os cangaceiros abandonarem o cangaço, se achavam proteção! É uma reflexão a ser feita.
    Abraços,
    Antonio José de Oliveira - povoado Bela Vista - Serrinha-Ba

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