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sábado, 5 de abril de 2014

Cada um dá a sua opinião. Como nada impede que eu dê a minha opinião, faço-a como eu penso.

Por José Mendes Pereira
 

Caro pesquisador Antonio de Oliveira: 

Observe a diferença do Lampião verdadeiro para o Lampião de Buriti 

Já eu acho que Lampião morreu mesmo ali na Grota de Angico. Se você comparar a cabeça decepada com uma de suas fotos quando ainda era vivo, com certeza irá dizer mesmo: "- Ele morreu naquela madrugada de 28 de Julho de 1938".

 Veja bem, esta é a minha concepção: Como um homem destemido que era Lampião, ele jamais se renderia aos arrufos (vamos dizer assim matutado), de quem quer que fosse. Lampião tinha desejo de ser vencedor e não de vencido. Lampião amava a caatinga, assim como nós amamos os nossos lares. Nada melhor para ele do que viver embrenhado aos cerrados. Eu sei que ele já andava cansado, mas de se render aos policiais, na minha humilde opinião, jamais. 


E a Maria Bonita ele a deixaria para traz, vez que o corpo fora comprovado pelos policiais e quem a conhecia que era mesmo o de Maria Bonita?

É lógico que eu estou apenas dando a minha opinião, mas o que escreveu o José Geraldo Aguiar, tem sentido, não pelo fato de ter sido Lampião entrevistado por ele lá em Minhas, mas alguém muito parecido com Lampião, teria afirmado que fugira da chacina em Angico. 

Veja bem. Nos anos setenta, aqui em Mossoró, circulou um boato que em um dia de finados, Lampião foi visto no Cemitério São Sebastião, visitando a cova do cangaceiro Jararaca.


Pura mentira! Poderá ter sido alguém que veio de fora para visitar algum dos seus conhecidos, ou familiares. Talvez, não sei, um homem que tinha as aparências de Lampião, e por ser parecido, alguém deve ter dito: "- Como o senhor é parecido com Lampião!". E acredito que outros ouviram e saíram espalhando por todos os lugares do cemitério, que tinha visto Lampião em um momento, e afirmara que estava ali para visitar o túmulo do cangaceiro Jararaca.

Não sou autoridade sobre o assunto, mas veja bem: Se fosse o Corisco, o Mariano ou um dos seus irmãos que tivesse morrido aqui em Mossoró, e tivesse sido enterrado neste cemitério de Mossoró, dava para acreditar, porque estes viveram um pouco da juventude com ele. Mas o cangaceiro Jararaca, que só passou menos de 2 anos sendo soldado de Lampião, com certeza, fazer visitas ao túmulo de um companheiro que o acompanhou por pouco meses, é muito difícil se acreditar. 


Até eu queria ser confundido pelas pessoas sendo parecido com Lampião, muito embora nunca fui marginal, e nem serei nunca, mas se alguém me dissesse: "- Como você se parece com Bin Laden, com Pablo Escobar, com Lampião!?". Quem não quer ser parecido com pessoas famosas, hein!? 

Os remanescentes do cangaço afirmaram que Lampião estava na Grota de Angico, na madrugada que aconteceu a chacina, eu não tenho como duvidar. Lampião morreu naquela manhã de 28 de Julho de 1938.
 

Lampião não seria covarde de entregar aos policiais a vida dos seus companheiros, inclusive a da sua companheira Maria Bonita, e se mandar para Minas, deixando os amigos marcados para morrerem.

José Geraldo Aguiar, é o autor do livro: “Lampião, o invencível – duas vidas, duas mortes” e faleceu em uma quinta-feira, do dia 19 de Maio de 2011, por um enfarto fulminante, por volta das 21 horas, em Brasília de Minas, MG. Tendo seu corpo sido sepultado no dia seguinte na sua cidade natal São Francisco. Tinha 61 anos de idade, deixa a viúva, Edny Prestes Aguiar e três filhos. 

Mas o que está faltando é o exame de "DNA", feito com a ossada do Lampião de Buriti, que o fotógrafo José Geraldo Aguiar afirmou ser de Lampião de Pernambuco.  


Mas lembrando de que esta é a minha opinião, e não tem nenhum valor para a literatura lampiônica. 

José Mendes Pereira
Mossoró, terra de Santa Luzia
Rio Grande do Norte 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Um comentário:

  1. Anônimo22:05:00

    Caro incansável pesquisador das Terras de Mossoró, não é apenas querer endossar a sua lúcida opinião, para ser solidário com o seu pensamento, mas as frágeis e inconstantes teses que sempre surgiram quanto a vida e morte do Rei do Cangaço, não nos abatem. Esta não é a primeira, única e última; outras surgiram e tenha certeza que tantas outras surgirão depois destes 75 anos da sua morte. VIRGOLINO FERREIRA DA SILVA, o filho do SERTÃO DE SERRA TALHADA, na minha maneira de pensar, morreu mesmo naquela fatídica manhã de 28 de julho de 1938, juntamente com sua Maria Bonita e seus nove companheiros.
    Atenciosamente,
    Antonio José de Oliveira - Povoado Bela Vista - Serrinha - Bahia.

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