Por Alfredo Bonessi
Um povo forte ocupou o interior
do nordeste brasileiro, mas não ultrapassou o Piauí, não adentrou em
Minas Gerais, não chegou a Goiás, bem como não se fixou nas cidades
da orla marítima brasileira. São pessoas valentes,
determinadas, religiosas, de opinião, guerreiras por natureza. São imbatíveis
quando lutam e só são vulneráveis na arte da guerra pela traição. Conhecem
muito bem o terreno por onde passam e são superiores a ele - um terreno
sedimentado por pedras e coberto por uma vegetação emaranhada de galhos e
espinhos, intransponível para seres comuns. Impressiona a
resistência física dessas pessoas e até não se sabe de
onde retiram tanta água para suar, e que organismo saudável é esse
que metaboliza um bocado de farinha, uma porção
de queijo, um pedaço de rapadura, transformando-os em combustível suficiente para vencer longas distancias a
pé, por debaixo de um sol abrasador
Supersticiosas e muito
desconfiadas ficam atentas a tudo o que se passa ao seu redor. Acreditam
no destino e o culpam pela maioria das coisas ruins que lhes
acontecem. Introspectivas e reservadas, por esse processo, na maioria das
vezes, conseguem descobrir o que as outras pessoas pensam
e quais são as suas intenções.
Muito se tem escrito sobre
elas e muito ainda se há de escrever.
Alfredo Bonessi -
Grupo de Estudos do Cangaço do
Ceará-GECC
Sociedade Brasileira de Estudos
do Cangaço-SBEC
Enviado pelo pesquisador do cangaço Capitão Alfredo Bonessi
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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