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sexta-feira, 22 de abril de 2016

CALDEIRÃO DE SANTA CRUZ DO DESERTO, O MASSACRE QUE O BRASIL NÃO VIU

Beato José Lourenço, líder da comunidade

Comunidade religiosa era liderada pelo beato José Lourenço e dividia produção e lucros. Acusados de comunistas, foram massacrados pelas forças militares em 1937

ERRATA: ESTA FOTO FOI TIRADA NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO BERGEN BELSEN, NA ALEMANHA E NÃO EM CRATO COMO AFIRMAMOS ANTERIORMENTE

A comunidade religiosa do Caldeirão, liderada pelo beato José Lourenço, descendente de negros alforriados e discípulo de Padre Cícero, ousou desafiar o poder do latifúndio e propor uma sociedade mais justa e humanitária, mas foi brutalmente reprimida pelas forças do estado.

O Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, no município de Crato, Cariri Cearense, era composto por milhares de camponeses e romeiros que vivam na comunidade, trabalhavam coletivamente e dividiam o lucro com a compra de remédios e querosene.

Ela chegou a ter mais de mil moradores e recebeu flagelados da seca de 1932 que assolou o nordeste.

A organização da comunidade teria incomodado os coronéis, latifundiários e ,posteriormente, o governo Getúlio Vargas. Em 1937, acusados de comunistas, eles teriam sido bombardeados pelas forças do Governo Federal e da Polícia Militar do Ceará e enterrados em vala comum.

O episódio pode ter sido o maior massacre da história brasileira, com mais de mil mortos.

76 anos depois, os corpos dos romeiros ainda não foram encontrados e não existe um documento oficial que registre o acontecimento. O exército nega o massacre.

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Indenização

Em 2008, a ONG cearense SOS Direitos Humanos entrou com um pedido na justiça pedindo a procura, identificação, enterro digno e indenização dos descendentes dos mortos no Caldeirão.

A ação foi arquivada, mas a ONG pediu novas buscas à Justiça.

https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/caldeirao-de-santa-cruz-do-deserto-o-massacre-que-o-brasil-nao-viu/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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