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segunda-feira, 11 de abril de 2016

CASA DA FAZENDA PATOS

Local onde Corisco cometeu uma das maiores chacinas ocorridas durante todo o período do cangaço. Foram mortas seis pessoas inocentes de uma mesma família. 

No texto de João de Sousa Lima (Abaixo) vocês conhecerão maiores detalhes sobre essa selvageria cometida por Corisco no dia 02 de agosto de 1938.

“Corisco chegou a fazenda (Patos) no dia 02 de agosto de 1938, Guilhermina, esposa de Domingos, foi fazer café para os cangaceiros. Dadá conversava com Maria da Glória quando entrou um cangaceiro que falou:
– O capitão mandou buscar essas duas!

Dadá perguntou:

– Buscar pra quê?

– Pra matar elas!

– Cadê Guilhermina e Valdomira?

– Já morreram!

Dadá levantou-se e foi aos fundos da residência. No curral de pedras deparou-se com uma dantesca cena. Ela viu os cangaceiros matarem os inocentes.
No momento foi chegando o Vaqueiro Domingos Ventura e mais três filhos que estavam todos encourados campeando animais. 

Corisco deu voz de prisão e sem resistência os cangaceiros prenderam pai e filhos. O cangaceiro acusou Domingos de traição e por mais que o velho dissesse que não sabia de nenhuma traição e mesmo assim foram degolados. 

Os cangaceiros trouxeram Odon e José Ventura e mataram os dois também. 

Mataram as mulheres Guilhermina e Valdomira.

Corisco mandou pegar Maria da Glória e Carmelita, Dadá ficou estarrecida com a matança e ordenou:

– Quem morreu, morreu, quem não morreu não morre mais. Essas ninguém mata!

Corisco aceitou a ordem da esposa.

Os cangaceiros armaram uma festa e durante toda noite dançaram ao sabor da velha cachaça, diante de seis corpos inertes, sem cabeças, rios de sangue correndo sob as pedras de um velho curral.

Dia seguinte Corisco mandou por João Crispim, as cabeças endereçadas ao tenente João Bezerra. O prefeito João Correia Brito recebeu o macabro presente e providenciou um enterro cristão para os inocentes.

Maria da Glória, sobrevivente da chacina, pegou seu bebê Elias e junto com Carmelita deixaram aquele palco macabro e foi residir em Água branca, no povoado Boqueirão”.

Assim foi o fim de seis pessoas de uma mesma família que sem nada dever pagaram com suas vidas uma dívida que não lhes cabia. 

Texto: João de Sousa Lima 

Foto: Rosalvo Sampaio (Tabira/PE)
Fonte: facebook

Página: Geraldo Júnior – 
Grupo: O Cangaço – 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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