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quarta-feira, 25 de maio de 2016

O HOMEM ENDOIDOU O TEMPO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 24 de maio de 2016 - Crônica Nº 1.517

A constante poluição da Terra, principalmente pelas grandes potências, mexeu com todo o planeta. Os efeitos nocivos representados pelas ações humanas, vão se fazendo sentir desde as metrópoles às pequenas vilas do interior e os campos. Está certo que duas correntes contrárias culpam o homem e culpam à própria Natureza. Mas, mesmo que a Natureza venha completando ou iniciando um novo ciclo, o que importa ao terráqueo é fazer a sua parte. Todavia, como o ser humano é um destruidor nato, difícil é não se cumprir profecias e previsões pessimistas.


Choveu bem em Santana do Ipanema, Sertão de Alagoas, ontem à noite. Ora apenas pingadeira sem parar, ora o chamado “toró”, que até arrastaram alguns trovões. Mas hoje o céu não tinha uma nuvem, compadre. E a gente se fica perguntando onde está o nosso chamado inverno que se perde nas previsões do tempo dos de Alagoas e dos de fora.

O outono-inverno, fase típica tão esperada nos campos, já não é a mesma do passado. Ninguém acerta mais nada. E se acerta é por pura coincidência.

Estamos às vésperas do São João, a maior festa nordestina. O mais aguardado de todos é o milho que preenche toda a literatura junina. Mas, onde está o milho? Temos um estado que há muito não é autossuficiente e o milho do São João vem das bandas irrigadas de Sergipe. No São João nunca nos faltou o produto, entretanto, não é nosso. Caso se salve o que foi plantado no dia de São José, ainda, ainda.
É a ação devastadora da poluição mudando o clima, endoidando o tempo e fazendo meteorologistas pela metade. E lá se vão as nossas mais simples tradições engolidas pela incoerência e falta de compromisso com a Natureza.

Ê mundo véi sem porteira



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