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quinta-feira, 13 de abril de 2017

COM MEUS VOTOS DE FELIZ PÁSCOA PARA TODOS, SEGUE MEU CORDEL DA PÁSCOA

(Por Stélio Torquato Lima)

Os ovos de chocolate,
O coelho sorridente...
Nesta data, é o que vemos
Na mídia constantemente.
Mas importa relembrar
O que a Páscoa é realmente.

Eu lembro bem quando o sol
De repente se escondeu.
A noite cobriu a terra
Com o seu manto de breu.
Porém, era ainda dia
Quando isso aconteceu.

“Eli, lamá sabactani!”
– Falou o homem na cruz.
“Ele clama por Elias!”
– Erroneamente supus,
Porque era pelo Pai
Que então clamava Jesus.

Logo disse: “Tenho sede!”,
Tendo os olhos já fechados.
Vinagre, em uma esponja,
Colocou um dos soldados,
E ofereceu ao homem
De mãos e de pés pregados.

A multidão, entretanto,
Gritava com frenesi:
“Deixem que venha salvá-lo
O grande profeta Eli,
Por quem ele tanto implora,
Como alguém fora de si!”

Lá do alto do madeiro,
Ele amou até o fim
O povo que o execrava,
Mostrando a todos, assim,
Que por nós oferecia
Seu corpo e sangue carmim.

Vendo chegar sua hora,
Falou: “Está consumado!
Eu entrego o meu espírito
Em tuas mãos, Pai amado!”
E, inclinando a cabeça,
Morreu o crucificado.

E o véu do santuário
De alto a baixo se rasgou.
Houve um grande terremoto
Que os sepulcros abalou.
E grande leva de mortos,
Creiam-me, ressuscitou.

A multidão, assustada
Com os milagres que via,
Perceberam que o tal homem
Posto na cruz nesse dia
Era mesmo o Salvador
Descrito na profecia.

Também eu, como os demais,
Vi o erro cometido:
Tínhamos crucificado,
De Deus, o Filho querido,
O bom Salvador do mundo,
O Messias, o Ungido.

Mas a luz que vem dos céus
Venceu as trevas da morte,
E Jesus ressuscitou,
Dando-nos o passaporte
Pra uma vida de perdão,
Da qual Deus é o suporte.

Eis o sentido da Páscoa,
Meu amigo, meu irmão:
A vida vencendo a morte,
A grande ressurreição
Do amor e da esperança
Que renova o coração.

Chegando a mim a notícia
Que Cristo ressuscitara,
Fui tomado de uma paz
Que eu nunca experimentara.
Assim, quis saber bem mais
Do mestre que me salvara.

Pelos amigos do mestre,
Seus discípulos amados,
Depois vim a conhecer
Cada um dos passos dados
Pelo mestre tão querido,
Morto pelos meus pecados.

O nascimento em Belém,
As virtuosas ações,
As curas maravilhosas,
As mais sublimes lições
Em belíssimas parábolas
E contundentes sermões...

Fui tomado pelo pranto
Após saber tudo isto.
Hoje vivo pra Jesus,
É por ele que eu existo,
Eu, o vil centurião
Que pôs na cruz Jesus Cristo.

FIM!



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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