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domingo, 25 de março de 2018

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Por Antonio Corrêa Sobrinho
Imagem de Lampião e Petronilo extraída do blog do Mendes & Mendes



AO ler a matéria abaixo, do “Diário de Pernambuco”, edição de 04/05/1930, publicação, portanto, contemporânea aos meses iniciais do cangaceiro Virgulino Lampião como residente no território baiano, artigo que traz uma informação, a meu ver, considerável, ainda que contestável, a de que este famoso cangaceiro e o líder político de Santo Antonio da Glória, na Bahia, o coronel Petronilo de Alcântara Reis, romperam a sociedade que fizeram, em razão deste não ter guardado a contento a quantia de cem contos de réis que Lampião havia lhe confiado, e, como disse, ao lê-la e confrontá-la com o que disseram em suas obras a respeito da inquestionável relação majoritariamente comercial que, ainda que breve, existiu entre estes dois personagens da história do cangaço, verifico que esta informação não foi sequer aventada nas suas considerações. Refiro-me a expoentes como Ranulfo Prata, Frederico Maciel, Oleone Coelho, Billy Jaynes Chandler, José Bezerra Lima.
LAMPIÃO

Consta aqui achar-se este bandido transformado em proprietário no município baiano de S. Antônio da Glória, onde usurpou ao legítimo dono 14 fazendas.

Explica-se tal espoliação do seguinte modo: Virgulino Ferreira entregara ao proprietário a que nos referimos a importância de 100 contos de réis, para ele guardá-la.

Procurando mais tarde a aludida quantia, recebeu, em vez de dinheiro que representava o fruto dos imensos riscos a que se submetera em suas razias, pálidas desculpas.

Indignado, Lampião foi a todas as fazendas do magnata sertanejo e ordenou aos respectivos fâmulos do antigo dono que não recebessem ordens senão do famigerado bandido.

E assim foi feito. Hoje vende, compra, ferra, partilha de gado tudo se faz com as determinações de Virgulino Ferreira. 

Do proprietário, que é personalidade de categoria na política de S. Antonio da Glória, se conta que, apesar das excelentes condições estratégicas da casa em que residiu até bem pouco tempo, passou a residir em outra casa menor, que oferece muito maior defensibilidade e possibilidade de fuga em caso de perigo insuperável.

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