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segunda-feira, 21 de maio de 2018

LAMPIÃO FOI FORMADOR DE GRUPOS DE EXTERMÍNIO.


Por Verluce Ferraz

Havia no cangaceiro Virgulino o talento para lidar com o capitalismo. Convertia seus desejos egoístas em capital financeiro, era um consumista. Não se deu ao ofício do trabalho e preferia explorar os outros; era sociopata. Suas metas eram adquirir dinheiro e as coisas que pudesse usar. Tudo que adquiria era sempre de forma ilícita. E para convencer colocava a questão da perda dos pais como causa de suas vinganças. Um padrão de sofrimento era mercado rentável para organizar o verdadeiro desejo de consumista. O hábito de roubar era rentável. Não era trabalho pelo produto, era produto sem o trabalho. 


Todas as forças mentais do cangaceiro foram direcionadas para adquirir aquilo que estava fora de seu padrão de vida familiar. Lampião vai formar "grupos de extermínio" e conduz alunos que o ajudasse no cometimento de seus crimes. Só arregimentava gente jovem para seus grupos. Dava-lhes roupas, armas; mas não havia garantia de direitos nem à vida para qualquer participante de seus grupos. Se algum morresse nos combates era sepultado ou abandonado no mesmo lugar. Lampião visava tão somente a própria proteção. Desconfiado por natureza, mandava que outro provasse o alimento para depois ele próprio comer. Desenvolveu habilidades artísticas na na forma de trajar, na dança e na arte poética de fazer toadas. A questão do vestuário tem significado psicológico. Lampião se embelezava, usava roupas coloridas de motivos florais, aplicava nos chapéus moedas, usava muitos penduricalhos que revelam função narcísica e refletem o lado artístico e feminino do cangaceiro.

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