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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

LAMPIÃO DÓI

Por Wanessa Campos

A história se repete. A ideia vem desde 1991, quando houve um plebiscito em Serra Talhada para ouvir os moradores da cidade a respeito de uma estátua de Lampião que seria erguida em praça pública. A ideia foi de Tarcísio Rodrigues, então presidente da Casa de Cultura, por sua vez, inspirada no projeto do então vereador Expedito Eliodoro. Rodrigues comandou a votação no dia 7 de setembro, uma data emblemática quando 78% disseram sim, à estátua do filho famoso da cidade.

Mas o monumento de três metros de altura não foi erguido devido a uma corrente política contrária à homenagem e até ameaça houve de derrubar o trabalho do artesão Karoba a tiros. Mas a ideia não morreu, ficou latente, adormecida durante 27 anos para renascer neste 2018, 27 anos depois, E agora, lá está a estátua de Virgolino, imponente, no Pátio da Fundação Cultural Cabras de Lampião, medindo 1,85 e confeccionada pelo artesão Zaldo Mendes. A “novidade” vem chamando atenção e movimentando o comércio, o turismo na cidade, que, aliás, deve muito ao Cangaço.

Reação houve, mas pequena em comparação com a de 1991. Porque o mundo gira, os fatos acontecem, se repetem e mito não morre. 

Ressuscita.

Os diretores da Fundação Cabras de Lampião pretendem colocar no mesmo espaço, a estátua de Maria Bonita para completar o cenário. Afinal, o território é deles.

Por isso é que um cangaceiro
Será sempre anjo e capeta, bandido e herói
Deu-se notícia do fim do cangaço
E a notícia foi o estardalhaço que foi
Passaram-se os anos, eis que um plebiscito
Ressuscita o mito que não se destrói
Oi, Lampião sim, Lampião não, Lampião talvez
Lampião faz bem, Lampião dói

(Trecho da música Fim da História de Gilberto Gil)


Extraído da página do José João Souza

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