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sexta-feira, 10 de maio de 2019

RENATO ARAGÃO



Antônio Renato Aragão OMC (Sobral13 de janeiro de 1935)[1] é um atordiretoradvogadocineastaprodutorcomediantedubladorhumoristaescritorroteiristaapresentadorempresário e cantor, famoso por liderar a série televisiva Os Trapalhões, nas décadas de 1970 e 1980. É também conhecido como Didi, seu principal personagem. Também é advogado, formado pela Faculdade de Direito do Ceará da Universidade Federal do Ceará em 1961.[2]

Biografia

Nascido no interior do Ceará aos treze dias de janeiro do ano de 1935, bacharel em Direito e filho do escritor sobralense Paulo Ximenes Aragão e Dinorá Lins. Em 1955, tornou-se oficial do Exército (segundo-tenente de infantaria), formado pelo Centro dePreparação de Oficiais da Reserva (CPOR). Ainda estudante de Direito, em 5 de setembro de 1958, enquanto voltava de Recifepara Fortaleza, Renato era um dos passageiros a bordo do avião Curtiss C-46 Commando, prefixo PP-LDX, do Lóide Aéreo Nacional, que caiu na região do Serrotão, próximo ao Aeroporto Presidente João Suassuna, em Campina Grande (PB).[3] Ele e um amigo sobreviveram ajudando outros sobreviventes até a chegada dos socorristas, que abriram caminho na mata com facões para chegar ao local da queda. Renato e o amigo andaram até uma cidade próxima onde souberam que haviam sido dados como mortos, pelo rádio. A muito custo, conseguiram voltar para Fortaleza.[4] Anos depois, formou-se em Direito, na Faculdade de Direito do Ceará, em 1961.

Carreira


Renato Aragão em cena do filme Bonga, o Vagabundo, de 1969.

Aos 24 anos, inscreveu-se num concurso da TV Ceará para trabalhar como "realizador" - uma espécie de diretor, redator e produtor de programas. Ele venceu, demonstrando seu talento e em pouco tempo já trabalhava como ator. O primeiro programa de televisão de que participou foi Vídeo Alegre. Em 1964, Renato mudou-se para o Rio de Janeiro a fim de estudar direção de programas e logo foi contratado pela TV Tupi de São Paulo para trabalhar no humorístico A, E, I, O...URCA. A mudança para a TV Excelsior em 1966, lhe proporcionou a oportunidade de criar um humorístico próprio; nascia então Os Adoráveis Trapalhões, em que contracenava com Wanderley CardosoIvon Curi e Ted Boy Marino.[5]

Apesar de ter participado de muitos outros programas humorísticos, Aragão nunca se esqueceria da fórmula utilizada em Adoráveis Trapalhões, e finalmente conseguiria consagrá-la em 1974, ao estrear Os Trapalhões, já regresso à TV Tupi, ao lado de Dedé SantanaMussum e Zacarias). Renato Aragão atuou em diversos filmes, tendo alguns recebido premiações estrangeiras, como Os Vagabundos Trapalhões e O Cangaceiro Trapalhão, no Festival Internacional de Cinema para a Infância e Juventude (Portugal), em 1984, e Os Trapalhões e a Árvore da Juventude, no III Festival de Cine Infantil de Ciudad Guayana (Venezuela), em 1993. Entre outras grandes personalidades, Renato Aragão atuou com Pelé em 1986 no filme Os Trapalhões e o Rei do Futebol, quando gravou cenas em um Maracanã lotado antes de uma partida de seu clube de coração, o Vasco da Gama. Fundou, em 1977, a Renato Aragão Produções Artísticas Ltda., responsável pela produção de filmes, programas de televisão, vídeos e shows, dentre outros. Recebeu, em 1980, o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e, em 1982, o título de Personalidade Ilustre do Estado do Rio de Janeiro, ambos concedidos pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Em 1991, tornou-se representante especial do UNICEF e embaixador do mesmo órgão, em prol da infância brasileira. Foi condecorado chanceler da Ordem do Rio Branco, título concedido pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), em 1994. Nesse mesmo ano, foi agraciado com a admissão na Ordem Nacional do Mérito Educativo, no grau de oficial, por indicação do Ministério da Educação e do Desporto. Ainda em 1994, Renato Aragão estreou um programa em Portugal, a convite da emissora portuguesa SIC, com a participação dos atores Dedé Santana e Roberto Guilherme, além de vários artistas portugueses. Em 1995, recebeu o título de Cidadão Paulistano, concedido pela Câmara Municipal de São Paulo. O grupo "Os Trapalhões" entrou para o Guinness Book, o livro dos recordes, em 1997, como o humorístico brasileiro que permaneceu por mais tempo em exibição na TV.

Renato Aragão encontra-se no seu segundo casamento, com a fotógrafa Lílian Taranto. Tem uma filha, Lívian (1999), com a atual esposa, além de outros quatro filhos do primeiro casamento com Marta Rangel (1936), com quem Renato viveu por 34 anos (1957-1991): Paulo (1960), Ricardo (1962), Renato Jr. (1968), e Juliana (1977). Dois episódios marcantes evidenciaram o lado religioso de Renato Aragão: o humorista já escalou o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, para beijar a mão da estátua, um sonho que realizou no programa comemorativo de 25 anos, exibido no dia 27 de agosto de 1991, da formação dos Trapalhões, e fez uma caminhada de São Paulo a Aparecida, levando uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, para pagar uma promessa feita à santa, dias antes da exibição do projeto Criança Esperança de julho de 1999. Renato ficou afastado da TV depois da morte de seus companheiros Zacarias e Mussum (sem esquecer o querido Tião Macalé). Em 1998, estreou um programa inédito, com formato diferente, A Turma do Didi. No ano 2000, festejou seus 40 anos de carreira. Em 2002, sua empresa Renato Aragão Produções Artísticas Ltda comemorou 25 anos de sucesso. Nesse mesmo ano, Renato lançou o livro Meus Caminhos. Em 2004, os personagens Didi e Dedé, interpretados por Renato Aragão e Dedé Santana, se reconciliaram no programa Criança Esperança, ao som da canção "No Mundo da Lua", de Michael Sullivan e Paulo Massadas. Em 2011, foi homenageado pela escola de samba paulista X-9 Paulistana. O enredo foi: "De eterna criança a embaixador da esperança... Renato Aragão, Didi Trapalhão!".

Em 15 de março de 2014, durante a festa de comemoração de 15 anos de sua filha Lívian Aragão, Didi teve um infarto agudo do miocárdio.[6] O humorista passou por uma angioplastia e seguiu internado por 4 dias na Unidade Coronariana, tendo alta no dia 19 de março.[7] No dia 22 de março, às 16h, Didi voltou a ser internado no Hospital Barra d’Or, na Barra da TijucaZona Oeste do Rio, quando foi diagnosticado com infecção urinária.[8]


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