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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

APÓLOGO DA LIBERTAÇÃO

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

Da libertação...
Enquanto o último
Clarão não se apagar
No final do túnel.

Da libertação...
Do caso ao ocaso
De acabar tudo
para fazer tudo.

Da libertação...
Outra vez
Ainda pior
Só para dizer que fez.

Da libertação...
Onde a emenda
É pior que o soneto
Do homem-só.

Da libertação...
Dos messias de plantão
Ditadores da vontade alheia
Construtores de obra feita.

Da libertação...
Das reformas preconizadas
Maneira sutilmente velada
De tirar direitos.

Da libertação...
Do Executivo arrogante
Preponente, valente
Presente e onisciente.

Da libertação...
Do legislativo judicante
E não adjudicante
Apto ao desmonte.

Da libertação...
Do judiciário judicioso
De joelho sangrando
No julgamento de ação.

Da libertação...
Sonhada por Tiradentes
Ideal republicano
Coisa do povo, pública.

Da libertação...
Da segurança pública
Educação e saúde também
O povo tudo paga e não tem.

Da libertação...
Do meio ambiente
Sistema de ar limpo
Rios e matas viventes.

Da libertação...
Da ignorância popular
Que fecha os olhos
E deixa tudo passar.

Da libertação ...
Do nunca mais
O roubo do erário
E do não se meta.

Da libertação...
Da ave de bico curvo
Que costuma roubar
Sem cessar.

Da libertação...
Do homem de razão
Esse não rouba
Nunca um cobre.

Da libertação...
De não ter vergonha
De ser pobre
Eis a lição.

Da libertação...
Do desemprego estimulado
Mais de 14 milhões
Desempregados sem razão.

Da libertação...
Ter vergonha da opressão
Da falta de casa e de comida
Porque vergonhoso é ser ladrão.

Da libertação...
Da insegurança telefônica
Da rede de boatos
Cada mentira é fato.

Da libertação...
Do foro privilegiado
Onde o povo paga tudo
E ainda é culpado.

Da libertação...
Da propina direta
E indireta também
Não importa aquém.

Da libertação...
Dia e noite da ideologia
Do quero, posso, mando
E desmando da Constituição.

Enviado pelo autor

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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