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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

A PEIA DO CANGACEIRO TEIMOSO


Por João Filho de Paula Pessoa‎



Na Passagem de Lampião pela cidade de Jardim/CE., em 1927, onde foi bem recebido pelas autoridade locais, não cometeu crimes, não mexeu com a população, comeu, bebeu, fez compras, jogou moedas para as crianças, foi à uma oficina e serrou o cano de um fuzil, testou atirando e derrubando um urubu de uma árvore e foi acoitado

Ao chegar a noite, mandou seus homens se reagruparem no acampamento numa fazenda e fez a contagem do bando, verificou que faltava um cangaceiro, um novato que tinha ingressado no grupo recentemente, na passagem por Juazeiro do Norte e mandou outro cangaceiro procurá-lo e trazê-lo ao grupo, sendo que este estava bebendo na bodega e disse que não iria naquele momento. E assim seu recado foi dado a Lampião que imediatamente mandou selar seu cavalo e foi ao encontro do desobediente no bar. Lá, ordenou-lhe que levantasse e caminhasse em direção ao grupo, chicoteando-lhe por todo o percurso.

No coito amarrou-lhe à uma árvore, açoitando-o de vez em quando para morrer na peia. Mais tarde chegou Cazuza de Pajeú amigo e conterrâneo de Lampião e pediu pela liberdade do jovem rapaz, sendo atendido.

O cangaceiro teimoso, em carne viva, foi tratado na farmácia e logo depois foi embora, desaparecendo completamente, para nunca mais se ter notícia dele. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.)


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