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sábado, 7 de dezembro de 2019

MEMÓRIAS DO CANGAÇO - AS MALDADES DE LAMPIÃO NO SERTÃO DA BAHIA

Por Cultura Popular Brasileira


O Cangaço, movimento armado iniciado final do século XIX por nordestinos nômades em torno de disputas de terras, vinganças e rebeldias, teve em Virgulino Ferreira, Lampião, um ícone cujo nome se perpetua Brasil e mundo afora, temperado pelo sempre rico imaginário popular que acentua maldades e mitifica benesses que faz do homem o mito de quem hoje ainda se escuta falar envolto em fantasias que o tempo só aumenta. Viver no Sertão permitiu-me o contato com idosos que ainda tinham uma memória viva de alguns acontecimentos e que com uma graça e um espanto que a distância permite, deram-me a saber. De outros ouvi apenas daquilo que se falava já "há muitos e muitos anos", como o saber dos talheres de ouro que o afamado cangaceiro usava de modo que o metal reagia com qualquer substância venenosa que por má intenção lhe fosse servida denunciando o articulador da tentativa homicida. Para hoje os relatos de Abdias e Maria Francisca ilustram o que ainda se sabe e se diz pelo paragens em que Lampião andou e do rastro de medo que semeou por onde o seu nome se fez ouvir. Do primeiro, o parente que, feito refém, serviu de guia ao cangaceiro pela região. Da segunda, a remota lembrança da maldade fisica de que Lampião era capaz de exercer com cruel gratuidade. Helenita Monte de Hollanda.

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