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sábado, 11 de janeiro de 2020

PARECE QUE JOSÉ FELIPE DE OLIVEIRA PAI DE MARIA BONITA NÃO SE AFINAVA BEM COM O SEU GENRO CAPITÃO LAMPIÃO

Por José Mendes Pereira

Parece que o que dizem sobre o capitão Lampião que era bem recebido na casa de José Felipe, seu sogro, não tem muita credibilidade, e aqui eu apresento aos amigos leitores as minhas inquietações.


O natalense historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros em um dos seus trabalhos - clique no link abiaxo -  fala sobre a recusa de José Felipe com o seu novo "Noro" (genro) que era o afamado capitão Lampião. 


Vamos ouvir em segredo o que o historiógrafo diz sobre eles: 

(...)

Vinte anos após a morte de Lampião e Maria Bonita na Grota do Angico, o repórter A. C. Rangel e o fotógrafo Rubens Boccia seguiram para o sertão a serviço do periódico carioca “O Jornal”.


Colorida pelo professor e pesquisador Rubens Antonio

Este era autodenominado o “órgão líder dos Diários Associados”, sendo o primeiro veículo jornalístico adquirido pelo poderoso Assis Chateaubriand e se tornou o embrião do que viria a ser a empresa jornalística Diários Associados. O objetivo dos profissionais da imprensa era realizar uma entrevista com o pai de Maria Bonita o José Gomes de Oliveira mais conhecido como Zé Felipe.

O pai de Maria Bonita nada narrou sobre a esterilidade do sapateiro e nem sobre o primeiro marido da sua filha, mas comentou que ficou arruinado com a união de Maria e o “Rei do Cangaço”. Ele afirmou ao jornalista que em consequência daquela união passou oito anos andando pelo norte do país, verdadeiramente como um “cão escorraçado e sem sossego”.


Zé de Neném primeiro esposo de Maria Bonita

"Se ele passou oito anos fora de casa possivelmente não estava nem um pouco satisfeito com aquela união".

Zé Felipe comentou que após Maria decidir seguir os passos de Virgulino Ferreira da Silva o Lampião, nas poucas vezes que pode estar frente a frente com a sua filha, buscou convencê-la a deixar aquela vida. Atitude bastante razoável para um pai diante daquela situação. Comentou que Lampião vivia como um “alucinado” e que não parava em parte alguma. Mas como bem sabemos, ele não conseguiu convencer a filha.

(...)

O jornalista Rangel informa que Zé Felipe lhe narrou que em uma ocasião em meio a uma caminhada forte, com a polícia seguindo nos calcanhares, Maria Bonita foi ficando cada vez mais para trás, pois trazia embalada uma criança sua, com pouco tempo de nascida. Sem explicar como, a reportagem informa que a cangaceira com seu filhinho pegou um cavalo e conseguiu chegar próximo ao bando. Como a criança chorava muito, Lampião se exasperou e, para evitar que o bando fosse encontrado pela polícia, quis “sangrar” com um punhal seu próprio filho. Mas Maria saltou de punhal na mão e encarou o chefe cangaceiro frente a frente e este desistiu de sua ação. 

Noutra ocasião Zé Felipe narrou ao jornalista Rangel que Maria tinha ficado raivosa com o companheiro e chegou a quebrar-lhe uma cabaça d’água na cabeça. [2]
Em outra parte da narrativa, o velho Zé Felipe narrou uma desobediência de sua filha perante Lampião.

(...)

Não deixa de fazer uma visitinha ao Rostand Medeiros. Basta clicar no link: http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2014/10/familiares-narram-imprensa-sobre-maria.html

Informação: São apenas as minhas inquietações, nada de garantir ou desrespeitar o que os escritores e pesquisadores escreveram sobre este assunto. A palavra parece foi com  ela que eu iniciei o título e o texto, na finalidade de não garantir o que eu escrevi.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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