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sábado, 15 de agosto de 2020

A HOJE ESQUECIDA MATA GRANDE


Por Sérgio Augusto Dantas

Por volta das 17 horas do dia 21 de fevereiro de 1925, os cangaceiros de Lampião atacam a cidade alagoana de Paulo Afonso, hoje MATA GRANDE. Nem bem penetram na área urbana recebem uma chuva de tiros. Moradores da cidade haviam atendido à sugestão do comerciante Campos Uchoa. Se armaram e se posicionaram em casas mais altas para lhes dar combate.

O delegado Justo Gomes Freire e os poucos policiais do destacamento local ajudam a reforçar os piquetes defensivos.

O tiroteio é nutrido. Os cangaceiros enfrentam uma resistência que os surpreende. Tentam, porém, a todo custo, romper a pesada cortina de fogo. Experimentam uma ou outra via de acesso ao centro, mas pouco conseguem. Não logram se assenhorar facilmente da cidade como planejavam até bem pouco. Como represália, pilham e incendeiam duas casas comerciais.

Em pouco tempo, o bandoleiro Damásio José da Cruz, o ‘Chá Preto’, um dos membros da horda, é atingido por certeiro balaço. Cai gravemente ferido no meio da rua. Outro cangaceiro, conhecido por ‘Sabiá’, tem o mesmo destino.

Antes de escurecer - face às duas baixas e à nutrida resistência oferecida pelos moradores -, o bando se vê forçado a recuar. Com alguma dificuldade, são retirados da praça de guerra os dois feridos. A situação de Chá Preto é crítica. O ferimento sangra em abundância.

Mais adiante, já fora da área de tiro, os enfermos são colocados em redes. Nestas, serão transportados até mais adiante. Quando a caterva baixa acampamento na serra da Lagoa de Santa Cruz, o bandoleiro Chá Preto expira. Abre-se cova rasa para sepulta-lo.

Para saber mais: LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA, de nossa autoria.


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