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terça-feira, 30 de novembro de 2021

LIBERDADE

 Clerisvaldo B. Chagas, 29 de novembro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.621

MONUMENTO À LIBERDADE - (FOTO: DIEGO WENDRIC/ASSESSORIA)

Palmeira dos Índios, situada no Agreste alagoano, está de parabéns em resgatar parte da história do nosso estado. A lembrança de exaltar a luta quilombola pela liberdade foi oportuna nesses momentos em que se discute o racismo no Brasil com o dia da Consciência Negra. Não só o prefeito está de parabéns, mas o escultor Ranilson Viana e todo o povo palmeirense pelo exemplo em exibir publicamente os nossos valores numa luta universal, local e sem tréguas. Os quilombolas da comunidade Tabacaria representam muito bem tantas comunidades quilombolas de Agreste e Sertão do nosso território. O monumento negro à Liberdade não será apenas um monumento para Palmeira dos Índios, porém fonte de inspiração, pesquisa, estudo e turismo que preenchem a cabeça dos verdadeiros heróis e apologistas à liberdade branca, negra, indígena do nosso País.

A obra com quatro metros de altura representa também uma vitória profissional para o seu autor, notadamente quando sua arte vai aonde o povo está. A “Princesa do Agreste”, também já possui uma tradição de preservar a sua história como alguns monumentos à personagens indígenas – origens das suas raízes – e o trio de museus espalhados pela cidade. Estivemos aí em dia chuvoso fotografando na Praça do Museu Xucurus a máquina do trem para o nosso trabalho “Repensando a Geografia de Alagoas”. Diversos outros lugares foram por nós fotografado como a serra das Pias, a antiga estação ferroviária e o açude do Goiti na sua melhor forma.

Palmeira dos Índios, para quem não a conhece, é passagem obrigatória dos que trafegam Sertão – Maceió e vice-versa pela BR-316 e de quem se desloca de Arapiraca para Bom Conselho, Garanhuns via Igaci. Município de terras férteis também é conhecido como “Terra da Pinha” que no Sudeste é chamada de fruta de conde. Sua posição geográfica facilita bastante o seu desenvolvimento: Agreste, fronteira com Pernambuco e limiar do Sertão, significam está perto de tudo e possui bom intercâmbio com a Capital Sertaneja Santana do Ipanema. Mas nem só da pinha doce vive Palmeira dos índios, a cidade respira cultura por todos os recantos onde a sombra do Mestre Graça continua muito maior do que os quatro cantos das suas fronteiras.

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